Adeus Lula! Por muitos anos conseguisse engambelar milhões de brasileiros, e porque não dizer, estrangeiros também. Mas agora é o momento do tão esperado adeus. Lula, você nunca me decepcionou, porque eu nunca me deixei levar pelos seus lindos olhos ou seus discursos bisonhos. Desde o começo do teu primeiro governo, eu já sentia que a encrenca seria colossal.
Com o teu carisma, apostasse todas as fichas no populismo, nasceu então o lulismo. O homem com apenas o primário e metalúrgico de profissão, soube mudar a ordem política deste país. Talvez essa foi sua maior proeza. Você reforçou o bolsa-esmola para quase 13 milhões de famílias. Um feito que caiu como uma luva aos olhos dos cegos mentais que se servem deste ajutório.
Porém, eu e você sabemos que o grande objetivo foi sacramentar um montante de aproximadamente 40 milhões de votos para a sua candidata Dilma, que convenhamos, nunca foi a sua predileta. Fazer o que, os teus meninos não cansaram de aprontar! Esses aloprados fizeram estragos até no teu visual. Ficasse mais barrigudo, o cabelo embranqueceu rapidamente, a língua presa, nunca foi tão solta e mal educada! Lula, com a tua saída do Planalto, meus sentimentos são um misto de alívio e muito alívio.
Não te ver pelos próximos anos como presidente do meu amado Brasil, me renova a esperança de que novos e melhores dias iremos vislumbrar. Independente da vitoria da tua Dilma, a minha alegria agora consiste em assistir a tua volta à residência (apartamento de classe média) em São Bernardo do Campo. Uma das coisas que você mais me deixou indignado, foi comprar e usar milhões de brasileiros ignorantes como massa de manobra.
E pior, subestimando sempre a inteligência de uma outra parte de brasileiros. Um presidente que usa seus cidadãos, que é conivente com a corrupção sórdida agindo sob suas barbas, que nunca teve um pingo de humildade de reconhecer que seu governo surfou na economia estável, resultado do governo anterior.
A arrogância e prepotência tomaram conta do então presidente Lula, foram marcas que mostrou um homem intolerante e algumas vezes se comportando com ditador.Abraçaste e beijaste verdadeiros déspotas, nunca abandonaste aqueles que odeiam e rejeitam as liberdades, que desprezam a democracia, que matam compatriotas somente porque discordam do governo.
Se aproximasse de chefes de estado que são inimigos da paz. O que dizer das tuas obras! Fizeste muitas coisas, mas tudo que fizeste não passou de quase nada. Depois de oito anos, o Brasil ainda é um retrato fiel de um país sub-desenvolvido.
A infra-estrutura, saúde, educação e segurança pública são áreas vitais para o desenvolvimento de qualquer país. No teu governo, essas áreas só pioraram, uma vez que houve crescimento econômico, populacional, demanda maior pelos serviços essenciais, e o PAC que nada mais é que um truque de marketing, virou piada. Lula gastou nos oito anos R$8 bilhões, somente em propaganda.
Por que um governo com 80% de aprovação, precisa enterrar essa fábula de dinheiro público em publicidade? O governo Lula me lembra a Revolução Francesa. Após a queda da monarquia o povo começou a notar que o governo que substituirá o rei guilhotinado, passou a ser ainda pior. Prova disso é que um por um, os principais líderes que comandavam o país foram também executados.
Para uma camada expressiva da população Lula foi o melhor presidente até hoje, para mim foi um governo pífio, medíocre e um dos mais corruptos. Volte agora Lula, a viver como um simples mortal, e reflita sobre a soberba que tomou conta do seu coração nestes últimos anos. Nunca é tarde para se arrepender e voltar a ser uma pessoa humilde e sem mascaras. Um longo adeus Lula.
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
sábado, 11 de dezembro de 2010
GOVERNAR É A ARTE DE REPRESENTAR
Quando me filiei na primeira agremiação política, sem obviamente conhecer seu funcionamento e as mazelas intramuros de uma sigla partidária, ouvi uma frase inesquecível, depois soube que ela faz parte de todos os partidos: “nosso objetivo maior é chegar ao poder”. Dentro de um contexto e como finalidade ela é legítima.
Solta, a frase pode suscitar interpretações variadas. Uma tese possível de levantar é tentar saber o que acontece com o político após chegar ao poder, entender também como acorre essa metamorfose dentro destas mentes brilhantes. Existe um antigo chavão que diz: “o poder corrompe”. Segundo pesquisador americano Adam Galinsky, o poder nos torna mais corruptos, mesquinhos e hipócritas.
Partimos então da premissa que, governar é exercer o poder na sua plenitude. Seguindo ainda esse raciocínio, concluímos que os governos se empenham em aumentar mais e mais seu poder e assim buscar ali se perpetuar. Já, governar propriamente dito (dirigir e administrar o destino do cidadão) passa ser um exercício de encenação, onde predomina a demagogia barata é o jogo sórdido dos interesses particulares, em detrimento do precípuo interesse público. Infelizmente, o que mais vemos são governantes que inebriados pelo jogo sedutor de chegar ao poder, se transformam e passam a representar uma personagem.
Governos podem manipular, podem subestimar a inteligência alheia, podem tomar todo tipo de decisão, mesmo aquelas que são contra a sociedade. Para tentar justificar desmandos, governos também patenteiam suas tolas verdades, como as únicas que devem merecer crédito. Basta ligar a TV para comprovar que as maiores roubalheiras têm seu nascedouro nos três poderes executivos, municipal, estadual e federal.
A corrupção no Brasil se retroalimenta. O mesmo processo de saída, que desvia o dinheiro público para as malas, cuecas e paraísos fiscais, é transferido para o processo de entrada, que é a impunidade, um verdadeiro câncer que corrói a dignidade do honroso povo brasileiro. Da mesma forma que o eleitor, dois dias depois da eleição já esqueceu para quem votou, o político também, só lembra de nós a cada dois anos. Interessante também pensar, sobre as mais complexas e diversas demandas que recaem sobre os governantes.
Ao mesmo tempo surpreende o fascínio que o poder exerce nestes homens. Na hora de responder às demandas, entra em ação a instituição das desculpas tortas e explicações mancas. “Aquele que não é capaz de governar a si mesmo não será capaz de governar os outros.” (Mahatma Gandhi)
Solta, a frase pode suscitar interpretações variadas. Uma tese possível de levantar é tentar saber o que acontece com o político após chegar ao poder, entender também como acorre essa metamorfose dentro destas mentes brilhantes. Existe um antigo chavão que diz: “o poder corrompe”. Segundo pesquisador americano Adam Galinsky, o poder nos torna mais corruptos, mesquinhos e hipócritas.
Partimos então da premissa que, governar é exercer o poder na sua plenitude. Seguindo ainda esse raciocínio, concluímos que os governos se empenham em aumentar mais e mais seu poder e assim buscar ali se perpetuar. Já, governar propriamente dito (dirigir e administrar o destino do cidadão) passa ser um exercício de encenação, onde predomina a demagogia barata é o jogo sórdido dos interesses particulares, em detrimento do precípuo interesse público. Infelizmente, o que mais vemos são governantes que inebriados pelo jogo sedutor de chegar ao poder, se transformam e passam a representar uma personagem.
Governos podem manipular, podem subestimar a inteligência alheia, podem tomar todo tipo de decisão, mesmo aquelas que são contra a sociedade. Para tentar justificar desmandos, governos também patenteiam suas tolas verdades, como as únicas que devem merecer crédito. Basta ligar a TV para comprovar que as maiores roubalheiras têm seu nascedouro nos três poderes executivos, municipal, estadual e federal.
A corrupção no Brasil se retroalimenta. O mesmo processo de saída, que desvia o dinheiro público para as malas, cuecas e paraísos fiscais, é transferido para o processo de entrada, que é a impunidade, um verdadeiro câncer que corrói a dignidade do honroso povo brasileiro. Da mesma forma que o eleitor, dois dias depois da eleição já esqueceu para quem votou, o político também, só lembra de nós a cada dois anos. Interessante também pensar, sobre as mais complexas e diversas demandas que recaem sobre os governantes.
Ao mesmo tempo surpreende o fascínio que o poder exerce nestes homens. Na hora de responder às demandas, entra em ação a instituição das desculpas tortas e explicações mancas. “Aquele que não é capaz de governar a si mesmo não será capaz de governar os outros.” (Mahatma Gandhi)
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
ÉTICA À BRASILEIRA
Em linhas gerais, ética é a ciência que estuda o comportamento moral dos homens em sociedade. A ética também serve para que haja um equilíbrio e bom funcionamento social. Como estamos num país com um grau altíssimo de corrupção, a palavra ética é muito usada nos meios sociais.
Geralmente, antes de proferi-la, enchemos os pulmões, e assim conseguir demonstrar a nossa indignação contra os políticos, o prefeito que não cuida da saúde pública, os altos impostos, etc. Este sentimento por parte do povo se justifica, pois é ele, com seus impostos, que enche as burras dos cofres públicos.
Encontramos os usos e costumes sobre ética nas casas políticas e muitos outros segmentos da sociedade, e assim cada um criando seu próprio código de ética. Mas, o cidadão comum, aquele que acompanha todos os dias novos escândalos, envolvendo políticos que, por sua vez, confessam inocência e proclamam serem éticos?
Percebe-se que existe no Estado brasileiro uma ética para variados gostos e interesses. Esse fato também é justificável, uma vez que estamos falando de uma ciência que trata do modo de ser de uma pessoa, sentimento de justiça social, julgamento para saber se as ações são boas ou más, certas ou erradas, justas ou injustas.
Geralmente, antes de proferi-la, enchemos os pulmões, e assim conseguir demonstrar a nossa indignação contra os políticos, o prefeito que não cuida da saúde pública, os altos impostos, etc. Este sentimento por parte do povo se justifica, pois é ele, com seus impostos, que enche as burras dos cofres públicos.
Encontramos os usos e costumes sobre ética nas casas políticas e muitos outros segmentos da sociedade, e assim cada um criando seu próprio código de ética. Mas, o cidadão comum, aquele que acompanha todos os dias novos escândalos, envolvendo políticos que, por sua vez, confessam inocência e proclamam serem éticos?
Percebe-se que existe no Estado brasileiro uma ética para variados gostos e interesses. Esse fato também é justificável, uma vez que estamos falando de uma ciência que trata do modo de ser de uma pessoa, sentimento de justiça social, julgamento para saber se as ações são boas ou más, certas ou erradas, justas ou injustas.
domingo, 28 de novembro de 2010
OPERAÇÃO DE GUERRA NA CIDADE MARAVILHOSA
Todos aplaudem efusivamente a tomada dos morros no Rio de Janeiro. Porém, temos o direito e o dever de questionar as causa e efeitos dessas ações. Ente elas o número quase zero de prisões dos responsáveis pelo narcotráfico carioca. Da mesma forma as centenas e centenas de armas que ainda estão nas mãos dos bandidos. Parece tratar-se de uma ocupação “pacificadora”, e não com a finalidade de exibir a toda imprensa o rosto dos traficantes algemados e as imagens das armas de grosso calibre apreendidas.
É evidente que os arrastões promovidos ao longo dos últimos dias foram resultado da instalação das UPPs (Unidade de Polícia Pacificadora). Por outro lado, todos concordam que se o crime nos morros cariocas é organizado, poderia esperar que houvesse de acontecer uma resposta por parte destas facções criminosas. Principalmente porque na ocasião da instalação das Unidades Pacificadoras não ocorreu uma prisão e apreensão de armas sequer.
Em outras épocas, quando o Brasil ainda não tinha sido escolhido para receber uma Copa do Mundo e uma Olimpíada, já ocorriam fatos também de grande violência envolvendo o narcotráfico nas favelas do Rio. Fazia-se muito barulho, mas, tudo era esquecido dias após. Tinha todo tipo de discussão, se o Exercito poderia auxiliar a polícia do Estado. Uma vez o Exército entrando no confronto, não poderia atirar, porque assim dizia a Constituição.
Agora tudo mudou, os governantes, que antes faziam de conta que estavam preocupados com o cidadão do morro, e a imagem negativa do país no exterior. Neste caso, deixaram tudo de lado, as dúvidas constitucionais, a opinião dos juristas, etc. Em uma única noite foi montado, junto com a Marinha brasileira, um plano de invasão nas favelas da Penha e Vila Cruzeiro. Será que este aparato todo, que vemos surgir neste caso é devido a justamente estes dois eventos mundiais que aconteceram em poucos anos? E não esquecendo que o Rio de Janeiro sediará as Olimpíadas.
Quando a imprensa diz que nunca na história foi criada uma operação tão grandiosa nos morros cariocas no enfrentamento do tráfico, podemos deduzir que é plausível concluir que o país está mais interessado em mostrar para o mundo que está vencendo a luta contra o crime e a violência urbana, que a preocupação em oferecer segurança verdadeira à população.
Essa mega-operação, onde tudo foi realizado com extrema agilidade, teve em seguida a chegada da Marinha, chegou também o Exercito, que preparado em como atuar em casos de guerra, não titubeou um minuto, chegou, desembarcou suas tropas, e quando precisou, atirou sim.
É evidente que os arrastões promovidos ao longo dos últimos dias foram resultado da instalação das UPPs (Unidade de Polícia Pacificadora). Por outro lado, todos concordam que se o crime nos morros cariocas é organizado, poderia esperar que houvesse de acontecer uma resposta por parte destas facções criminosas. Principalmente porque na ocasião da instalação das Unidades Pacificadoras não ocorreu uma prisão e apreensão de armas sequer.
Em outras épocas, quando o Brasil ainda não tinha sido escolhido para receber uma Copa do Mundo e uma Olimpíada, já ocorriam fatos também de grande violência envolvendo o narcotráfico nas favelas do Rio. Fazia-se muito barulho, mas, tudo era esquecido dias após. Tinha todo tipo de discussão, se o Exercito poderia auxiliar a polícia do Estado. Uma vez o Exército entrando no confronto, não poderia atirar, porque assim dizia a Constituição.
Agora tudo mudou, os governantes, que antes faziam de conta que estavam preocupados com o cidadão do morro, e a imagem negativa do país no exterior. Neste caso, deixaram tudo de lado, as dúvidas constitucionais, a opinião dos juristas, etc. Em uma única noite foi montado, junto com a Marinha brasileira, um plano de invasão nas favelas da Penha e Vila Cruzeiro. Será que este aparato todo, que vemos surgir neste caso é devido a justamente estes dois eventos mundiais que aconteceram em poucos anos? E não esquecendo que o Rio de Janeiro sediará as Olimpíadas.
Quando a imprensa diz que nunca na história foi criada uma operação tão grandiosa nos morros cariocas no enfrentamento do tráfico, podemos deduzir que é plausível concluir que o país está mais interessado em mostrar para o mundo que está vencendo a luta contra o crime e a violência urbana, que a preocupação em oferecer segurança verdadeira à população.
Essa mega-operação, onde tudo foi realizado com extrema agilidade, teve em seguida a chegada da Marinha, chegou também o Exercito, que preparado em como atuar em casos de guerra, não titubeou um minuto, chegou, desembarcou suas tropas, e quando precisou, atirou sim.
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
O MÁGICO E O POLÍTICO
Desde a nossa mais tenra idade o mágico e o político nos fascinam e intrigam. Que mensagem ou mesmo semelhanças que estes dois personagens do nosso cotidiano e suas respectivas atividades profissionais podem nos transmitir? Como os dois vivem sempre atuando, têm momentos que recebem do público o aplauso, a vaia, o sorriso e a indignação.
O político é considerado um indivíduo ativo dentro de um grupo social. Pode ser um membro de um governo, ou uma pessoa que influência a maneira como a sociedade é governada. Mesmo que o político exerça uma profissão considerada elevada e honrada, não é esse o conceito e a opinião que a maioria das pessoas têm.
Muitas vezes são vistos como sujeitos inescrupulosos, que não cumprem suas promessas, são demagogos e corruptos, trabalham em causa própria em detrimento do interesse do povo. Por sua vez, o mágico com sua arte do ilusionismo confunde e surpreende a todos com seus incríveis truques. O ilusionista, como também é chamado, usa de sua extrema habilidade e rapidez com as mãos para manipular e encantar a platéia.
O político para chegar em seu objetivo usa fundamentalmente o poder da oratória como sua grande arma. Persuadir por força do seu discurso e representar um personagem. O mágico guarda na habilidade e rapidez com as mãos o segredo do seu sucesso.
O político consegue, quando seu projeto é meramente de poder, iludir seu eleitor e muitas vezes provar que sua mentira repetida de hoje será a verdade absoluta amanhã, e para ele o que passar disso é “intriga da oposição”. O mágico faz coisas desaparecerem e outras surgirem no seu lugar.
Da mesma forma, o político faz desaparecer seus defeitos, o deixando perto de um ser puro e perfeito. Com a mesma capacidade esconde suas mazelas e o passado que geralmente o condena. Tem uma qualidade que é comum entre os dois, amam o oficio de se apresentarem no picadeiro. O mágico no circo das ilusões e o político no circo da vida.
São dois profissionais que ganham a vida através da arte de desviar a atenção do espectador e enganar o público. Exercem suas profissões com paixão e destreza. Talvez para o político seu maior truque seja esconder do eleitor seu verdadeiro caráter e suas razões que explicam o profundo desejo de chegar ao poder, segredo esse que jamais será revelado.
O mágico também, para o êxito de sua arte depende que os seus truques nunca venham ser revelados, por isso que no famoso truque de cerrar a mulher ao meio, mesmo sabendo que aquilo não é real, consegue sempre encantar o publico, como se o mágico tivesse poderes sobrenaturais. Na realidade, tanto um quanto outro só existem porque em sua volta encontra-se o personagem mais importante, o “respeitável público”.
O político é considerado um indivíduo ativo dentro de um grupo social. Pode ser um membro de um governo, ou uma pessoa que influência a maneira como a sociedade é governada. Mesmo que o político exerça uma profissão considerada elevada e honrada, não é esse o conceito e a opinião que a maioria das pessoas têm.
Muitas vezes são vistos como sujeitos inescrupulosos, que não cumprem suas promessas, são demagogos e corruptos, trabalham em causa própria em detrimento do interesse do povo. Por sua vez, o mágico com sua arte do ilusionismo confunde e surpreende a todos com seus incríveis truques. O ilusionista, como também é chamado, usa de sua extrema habilidade e rapidez com as mãos para manipular e encantar a platéia.
O político para chegar em seu objetivo usa fundamentalmente o poder da oratória como sua grande arma. Persuadir por força do seu discurso e representar um personagem. O mágico guarda na habilidade e rapidez com as mãos o segredo do seu sucesso.
O político consegue, quando seu projeto é meramente de poder, iludir seu eleitor e muitas vezes provar que sua mentira repetida de hoje será a verdade absoluta amanhã, e para ele o que passar disso é “intriga da oposição”. O mágico faz coisas desaparecerem e outras surgirem no seu lugar.
Da mesma forma, o político faz desaparecer seus defeitos, o deixando perto de um ser puro e perfeito. Com a mesma capacidade esconde suas mazelas e o passado que geralmente o condena. Tem uma qualidade que é comum entre os dois, amam o oficio de se apresentarem no picadeiro. O mágico no circo das ilusões e o político no circo da vida.
São dois profissionais que ganham a vida através da arte de desviar a atenção do espectador e enganar o público. Exercem suas profissões com paixão e destreza. Talvez para o político seu maior truque seja esconder do eleitor seu verdadeiro caráter e suas razões que explicam o profundo desejo de chegar ao poder, segredo esse que jamais será revelado.
O mágico também, para o êxito de sua arte depende que os seus truques nunca venham ser revelados, por isso que no famoso truque de cerrar a mulher ao meio, mesmo sabendo que aquilo não é real, consegue sempre encantar o publico, como se o mágico tivesse poderes sobrenaturais. Na realidade, tanto um quanto outro só existem porque em sua volta encontra-se o personagem mais importante, o “respeitável público”.
domingo, 21 de novembro de 2010
A ROTINA DAS FUGAS
As fugas de presos já se tornaram uma triste rotina no obsoleto e desumano sistema penitenciário brasileiro. Prática essa que vemos acontecer cotidianamente em Santa Catarina, onde encarcerados ganham a liberdade fugindo em grupos, pela porta da frente, com direito da ação ser registrada por câmeras de segurança.
É de causar estranheza e susto que fatos gravíssimos como estes não mereçam atenção por parte das autoridades responsáveis pela segurança pública do Estado. Não vemos nenhuma declaração do próprio governador, que deveria em hora como essa, em que o aparelho de segurança está em cheque, prestar importantes satisfações aos catarinenses.
Em cada caso existem os responsáveis, aqueles que facilitam a ação, quem são, quais as penas impostas a esses fora da lei? A sensação que fica é que a Secretaria de Segurança Pública é o patinho feio, afinal essa área traz somente publicidade negativa ao governo.
A precaução talvez se justifique porque tratar de presídios e cadeias entupidas de gente, e toda sorte de barbaridades que ocorrem dentro do sistema penitenciário, deve provavelmente desgastar muito à imagem da autoridade maior do poder executivo estadual.
O constrangimento é tamanho que os próprios delegados e administradores prisionais, quando falam com a imprensa não escondem em seus semblantes a incapacidade e a mais completa desesperança que esse sistema seja modificado. Cada preso tem um custo, esse custo é pago por nós através dos impostos.
Porém, o governo que constitucionalmente tem o direito de administrar o bolo do orçamento, também tem o dever de garantir nossa segurança. Com as sucessivas notícias de presos fugindo em várias cidades, a sociedade se vê cada vez mais abandonada e impotente, uma vez que nesse item do contrato o Estado não está fazendo sua parte.
A única certeza que existe hoje é que o detento, se quiser, consegue escapar sozinho ou em grupo. Infelizmente, a nossa certeza é: diante deste festival de fugas, vamos fugir para onde? Aqui fora, frequentemente recebemos de volta um contingente de criminosos que ontem mesmo estavam encarcerados. Além de convivermos inseguros com o aumento vertiginoso da criminalidade, acompanhamos pasmos a total incapacidade do Estado estancar definitivamente esse mal.
É de causar estranheza e susto que fatos gravíssimos como estes não mereçam atenção por parte das autoridades responsáveis pela segurança pública do Estado. Não vemos nenhuma declaração do próprio governador, que deveria em hora como essa, em que o aparelho de segurança está em cheque, prestar importantes satisfações aos catarinenses.
Em cada caso existem os responsáveis, aqueles que facilitam a ação, quem são, quais as penas impostas a esses fora da lei? A sensação que fica é que a Secretaria de Segurança Pública é o patinho feio, afinal essa área traz somente publicidade negativa ao governo.
A precaução talvez se justifique porque tratar de presídios e cadeias entupidas de gente, e toda sorte de barbaridades que ocorrem dentro do sistema penitenciário, deve provavelmente desgastar muito à imagem da autoridade maior do poder executivo estadual.
O constrangimento é tamanho que os próprios delegados e administradores prisionais, quando falam com a imprensa não escondem em seus semblantes a incapacidade e a mais completa desesperança que esse sistema seja modificado. Cada preso tem um custo, esse custo é pago por nós através dos impostos.
Porém, o governo que constitucionalmente tem o direito de administrar o bolo do orçamento, também tem o dever de garantir nossa segurança. Com as sucessivas notícias de presos fugindo em várias cidades, a sociedade se vê cada vez mais abandonada e impotente, uma vez que nesse item do contrato o Estado não está fazendo sua parte.
A única certeza que existe hoje é que o detento, se quiser, consegue escapar sozinho ou em grupo. Infelizmente, a nossa certeza é: diante deste festival de fugas, vamos fugir para onde? Aqui fora, frequentemente recebemos de volta um contingente de criminosos que ontem mesmo estavam encarcerados. Além de convivermos inseguros com o aumento vertiginoso da criminalidade, acompanhamos pasmos a total incapacidade do Estado estancar definitivamente esse mal.
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
AUTISMO
Quero aproveitar este espaço para comunicar que no último sábado (13/11), meu filho de 14 anos foi internado no Hospital Santa Catarina. Começou com um quadro de apatia e se recusando a comer e beber qualquer coisa. Fraco e perdendo peso, não tivemos mais outra saída se não levá-lo ao pronto socorro. Vinicius é portador da Síndrome de Asperguer, que é uma desordem ou transtorno na comunicação, na área comportamental e no convívio social.
São aspectos que complicam para a medicina poder diagnosticar o que levou o Vini parar subitamente de falar, dormir, comer e ingerir líquidos. Depois de três dias ele começa a reagir, hoje foi o dia que conseguiu comer uma certa quantidade de alimento. As refeições servidas pelo hospital ele não aceita.
Foi chamada uma nutricionista para acompanhá-lo. Ele conseguiu comer alguma coisa que parentes trouxeram e mais tarde um composto de nutrientes. Ficamos felizes, uma vês que o medico já tinha prevenido que mais um ou no máximo dois dias, o Vinicius teria que receber alimento por sonda.
O medico pediatra que atendeu o Vini entendeu que a partir do terceiro dia e o quadro não mudava, pediu orientação para outros profissionais da área. Uma neuropediatra disse a ele que se não começasse a comer ela não teria mais outra saída se não tratá-lo com sonda. Cremos que o Vinicius entendeu e começou a comer, permaneceu internado mais dois dias e recebeu alta. Já em casa está à mesma coisa, com a diferença que consegue comer, com certa resistência, e também já dorme.
Registro esse fato para chamar atenção sobre a falta de assistência aos portadores de síndrome de asperger (autismo). O Estado brasileiro trata estes pacientes com total desrespeito. Meu filho até adoecer gostava demais de ir à escola. Porém, por parte da escola a recíproca não é verdadeira. Todos ali sabem muito bem sobre o que acontece com o Vini, profissionais que trabalham com ele fora o período de aula, já deram palestras e oficinas para que a escola pudesse tratar melhor com o Vini.
Frustração, essa é a palavra. Muitos professores o tratam como um problema, o menino que constrange a professora na frente dos outros alunos. Tudo relatado a nós através da agenda. Outra professora liga dizendo que está abalada emocionalmente por causa do Vinicius. Quer dizer, elas estão mais preocupadas com elas, do que as razões de determinadas reações do Vini possa ter.
Tenho muito orgulho do meu filho, principalmente em pensar que conseguiu superar por anos, os pré-conceitos das outras crianças, despreparo de professores, rotulado como menino problema, incompreendido por pessoas que deveriam abraçá-lo e ajudá-lo.É muito triste saber que existem milhares de Vinicius espalhados pelo Brasil a fora. Todos estes são vitimas de uma política educacional perversa.
Ela condena as crianças autistas a um mundo do faz de conta. Fingem que elas são educadas, fingem que estão preparados para trabalhar (Lei de Inclusão)com essas crianças especiais, fingem que elas passam de ano. Uma grande bobagem, uma grande mentira. Tudo patrocinado pelo Ministério da Educação.
São aspectos que complicam para a medicina poder diagnosticar o que levou o Vini parar subitamente de falar, dormir, comer e ingerir líquidos. Depois de três dias ele começa a reagir, hoje foi o dia que conseguiu comer uma certa quantidade de alimento. As refeições servidas pelo hospital ele não aceita.
Foi chamada uma nutricionista para acompanhá-lo. Ele conseguiu comer alguma coisa que parentes trouxeram e mais tarde um composto de nutrientes. Ficamos felizes, uma vês que o medico já tinha prevenido que mais um ou no máximo dois dias, o Vinicius teria que receber alimento por sonda.
O medico pediatra que atendeu o Vini entendeu que a partir do terceiro dia e o quadro não mudava, pediu orientação para outros profissionais da área. Uma neuropediatra disse a ele que se não começasse a comer ela não teria mais outra saída se não tratá-lo com sonda. Cremos que o Vinicius entendeu e começou a comer, permaneceu internado mais dois dias e recebeu alta. Já em casa está à mesma coisa, com a diferença que consegue comer, com certa resistência, e também já dorme.
Registro esse fato para chamar atenção sobre a falta de assistência aos portadores de síndrome de asperger (autismo). O Estado brasileiro trata estes pacientes com total desrespeito. Meu filho até adoecer gostava demais de ir à escola. Porém, por parte da escola a recíproca não é verdadeira. Todos ali sabem muito bem sobre o que acontece com o Vini, profissionais que trabalham com ele fora o período de aula, já deram palestras e oficinas para que a escola pudesse tratar melhor com o Vini.
Frustração, essa é a palavra. Muitos professores o tratam como um problema, o menino que constrange a professora na frente dos outros alunos. Tudo relatado a nós através da agenda. Outra professora liga dizendo que está abalada emocionalmente por causa do Vinicius. Quer dizer, elas estão mais preocupadas com elas, do que as razões de determinadas reações do Vini possa ter.
Tenho muito orgulho do meu filho, principalmente em pensar que conseguiu superar por anos, os pré-conceitos das outras crianças, despreparo de professores, rotulado como menino problema, incompreendido por pessoas que deveriam abraçá-lo e ajudá-lo.É muito triste saber que existem milhares de Vinicius espalhados pelo Brasil a fora. Todos estes são vitimas de uma política educacional perversa.
Ela condena as crianças autistas a um mundo do faz de conta. Fingem que elas são educadas, fingem que estão preparados para trabalhar (Lei de Inclusão)com essas crianças especiais, fingem que elas passam de ano. Uma grande bobagem, uma grande mentira. Tudo patrocinado pelo Ministério da Educação.
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
MELANCOLIA
A melancolia me empurra sem dó para um lugar arenoso e vazio
Acompanho o presente e o passado junto à janela que mostra a luz apagar
Diferente é a noite que esconde os vivos e exala o cheiro dos mortos
Jogamos o tempo inteiro, perdemos e ganhamos, nos arrependemos sempre
Queremos sempre fazer do outro nosso melhor imitador
Quando somos enganadores de uma alma bem próxima de cada um
Espelho é para fazer aquilo que o meu interior se nega refletir
Ele denuncia a manta de cacos e fuligens que se avolumam pelas vísceras
Traduzimos os romances esquecidos pela fraca memória
Preferimos observar de longe o movimento rápido do tempo
Grandes são as obras dos loucos, magistrais são as edificações dos néscios
Olhares nunca são perdidos, eles apenas seguem o marco infinito da visão
Deitado imóvel olha fixamente o teto, ali é pintado um trecho de uma
história qualquer
Sentado no banco de jardim, comenta com aparente alegria a profusão de cores
Contempla qualquer coisa que simplesmente exista, que simplesmente sinta
Ao anoitecer os semblantes se escondem entre um lugar sombrio e os muitos fantasmas
Gritar é fincar sobre o crepúsculo os maiores medos, é tentar fugir do flagelo
Chorai os que ainda podem, pois é chagada a hora que as próprias lágrimas secaram
Conversai, dialogai entre voz, pois haverá um tempo que o silêncio falará mais alto
Caminhamos a passos largos para um lugar de imensa escuridão e sem vida
Realidade que grita, realidade que engana, realidade que leva até a cova dos leões
A demência luta tenazmente contra as convenções, um gesto contrário leva ao sanatório
Alegria sempre está ao redor daquele que brinca com a piedade e o horror
Ninguém mais quer pertencer a ninguém, querem sim é rejeitar e mergulhar do abismo
Negro é o quadro pintado pelos inocentes, branco é o quadro pintado pelo astuto
Somos cuidados por aqueles que atestam e padecem da mesma patologia
A única diferença é que eles não têm mais cura, pois rejeitaram o tratamento e a droga
Verdade possível de ser dita vem sempre acompanhada da mentira preferida
A música nos leva ao infinito e ao belo, viajamos até o instante de despertar para a finitude
Ainda jovem, fazíamos, falávamos por nós e pelos outros, hoje preferimos os sinais e o fim
Gestos afetivos nos deixam felizes, felizes queremos enfim chegar ao estágio pleno
O sorriso é o que perfuma a existência humana, já a amargura, apodrece de dentro para fora
Acompanho o presente e o passado junto à janela que mostra a luz apagar
Diferente é a noite que esconde os vivos e exala o cheiro dos mortos
Jogamos o tempo inteiro, perdemos e ganhamos, nos arrependemos sempre
Queremos sempre fazer do outro nosso melhor imitador
Quando somos enganadores de uma alma bem próxima de cada um
Espelho é para fazer aquilo que o meu interior se nega refletir
Ele denuncia a manta de cacos e fuligens que se avolumam pelas vísceras
Traduzimos os romances esquecidos pela fraca memória
Preferimos observar de longe o movimento rápido do tempo
Grandes são as obras dos loucos, magistrais são as edificações dos néscios
Olhares nunca são perdidos, eles apenas seguem o marco infinito da visão
Deitado imóvel olha fixamente o teto, ali é pintado um trecho de uma
história qualquer
Sentado no banco de jardim, comenta com aparente alegria a profusão de cores
Contempla qualquer coisa que simplesmente exista, que simplesmente sinta
Ao anoitecer os semblantes se escondem entre um lugar sombrio e os muitos fantasmas
Gritar é fincar sobre o crepúsculo os maiores medos, é tentar fugir do flagelo
Chorai os que ainda podem, pois é chagada a hora que as próprias lágrimas secaram
Conversai, dialogai entre voz, pois haverá um tempo que o silêncio falará mais alto
Caminhamos a passos largos para um lugar de imensa escuridão e sem vida
Realidade que grita, realidade que engana, realidade que leva até a cova dos leões
A demência luta tenazmente contra as convenções, um gesto contrário leva ao sanatório
Alegria sempre está ao redor daquele que brinca com a piedade e o horror
Ninguém mais quer pertencer a ninguém, querem sim é rejeitar e mergulhar do abismo
Negro é o quadro pintado pelos inocentes, branco é o quadro pintado pelo astuto
Somos cuidados por aqueles que atestam e padecem da mesma patologia
A única diferença é que eles não têm mais cura, pois rejeitaram o tratamento e a droga
Verdade possível de ser dita vem sempre acompanhada da mentira preferida
A música nos leva ao infinito e ao belo, viajamos até o instante de despertar para a finitude
Ainda jovem, fazíamos, falávamos por nós e pelos outros, hoje preferimos os sinais e o fim
Gestos afetivos nos deixam felizes, felizes queremos enfim chegar ao estágio pleno
O sorriso é o que perfuma a existência humana, já a amargura, apodrece de dentro para fora
sábado, 6 de novembro de 2010
PRESOS DO BRASIL
O Brasil é o país com a oitava maior população carcerária por habitante. O número de presos aumentou consideravelmente nos últimos 12 anos. Dados revelados pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen) mostram que, em 1995, eram 148.760 mil presos no país. Até junho deste ano, havia 419.551 mil detidos em penitenciárias e delegacias. Em 1995, a proporção era de 95 presos para cada 100 mil habitantes. Hoje, esse número aumentou e chega a 227 presos para cada 100 mil habitantes.
Se fossem contabilizados os mandados de prisão expedidos e não cumpridos, o país disputaria com Cuba a terceira posição mundial - alertou Maurício Kuehne, diretor-geral do Depen, durante audiência na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Sistema Carcerário da Câmara dos Deputados. Segundo ele, dados da Secretaria Nacional de Segurança Pública apontam que cerca de 500 mil mandados não foram cumpridos, o que dobraria a população carcerária.
A taxa da população carcerária do Brasil por habitante está bem acima da média da América do Sul, que é de 165,5 por 100 mil - contou. Kuehne advertiu que esse ritmo de crescimento do total de detentos supera as vagas criadas pelo sistema penitenciário. Para acabar com o déficit de cerca de 200 mil vagas nas cadeias de todo o país seriam necessários R$ 6 bilhões, de acordo com o diretor-geral da Depen.
O Brasil é o país com a oitava maior população carcerária por habitante. O número de presos aumentou consideravelmente nos últimos 12 anos. Dados revelados pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen) mostram que, em 1995, eram 148.760 mil presos no país. Até junho deste ano, havia 419.551 mil detidos em penitenciárias e delegacias. Em 1995, a proporção era de 95 presos para cada 100 mil habitantes. Hoje, esse número aumentou e chega a 227 presos para cada 100 mil habitantes.
Se fossem contabilizados os mandados de prisão expedidos e não cumpridos, o país disputaria com Cuba a terceira posição mundial - alertou Maurício Kuehne, diretor-geral do Depen, durante audiência na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Sistema Carcerário da Câmara dos Deputados. Segundo ele, dados da Secretaria Nacional de Segurança Pública apontam que cerca de 500 mil mandados não foram cumpridos, o que dobraria a população carcerária.
A taxa da população carcerária do Brasil por habitante está bem acima da média da América do Sul, que é de 165,5 por 100 mil - contou. Kuehne advertiu que esse ritmo de crescimento do total de detentos supera as vagas criadas pelo sistema penitenciário. Para acabar com o déficit de cerca de 200 mil vagas nas cadeias de todo o país seriam necessários R$ 6 bilhões, de acordo com o diretor-geral da Depen.
AUMENTA A POPULAÇÃO CARCERÁRIA NOS EUA
WASHINGTON, 27 Jun 2007 (AFP) - A população carcerária americana, a mais numerosa do mundo, se elevava a 2,24 milhões de detentos a meados de 2006, o que representa um aumento de 2,8% em relação ao ano anterior, segundo estatísticas oficiais divulgadas nesta quarta-feira. O aumento é considerado regular nos Estados Unidos, onde o número de detidos, hoje equivalente à população da Letônia, cresceu mais de 40% ao longo dos últimos 10 anos.
As vagas no sistema penitenciário, no entanto, aumentaram quase paralelamente com as dos detidos: no dia 30 de junho de 2006, as prisões locais tinham 94% de sua capacidade ocupada uma proporção que, nos estados, registrava entre 99% e 114%; e nas prisões federais, 134%.
Em média, 1 habitante em cada grupo de 133 está na prisão nos Estados Unidos.
Estas últimas estatísticas confirmam, também, a existência de grandes disparidades, em função dos estados, do sexo e da raça: mais de 9 detentos em cada grupo de 10 são homens, e os homens negros, que representam menos de 7% da população total do país, constituem 37% da população carcerária.
Se fossem contabilizados os mandados de prisão expedidos e não cumpridos, o país disputaria com Cuba a terceira posição mundial - alertou Maurício Kuehne, diretor-geral do Depen, durante audiência na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Sistema Carcerário da Câmara dos Deputados. Segundo ele, dados da Secretaria Nacional de Segurança Pública apontam que cerca de 500 mil mandados não foram cumpridos, o que dobraria a população carcerária.
A taxa da população carcerária do Brasil por habitante está bem acima da média da América do Sul, que é de 165,5 por 100 mil - contou. Kuehne advertiu que esse ritmo de crescimento do total de detentos supera as vagas criadas pelo sistema penitenciário. Para acabar com o déficit de cerca de 200 mil vagas nas cadeias de todo o país seriam necessários R$ 6 bilhões, de acordo com o diretor-geral da Depen.
O Brasil é o país com a oitava maior população carcerária por habitante. O número de presos aumentou consideravelmente nos últimos 12 anos. Dados revelados pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen) mostram que, em 1995, eram 148.760 mil presos no país. Até junho deste ano, havia 419.551 mil detidos em penitenciárias e delegacias. Em 1995, a proporção era de 95 presos para cada 100 mil habitantes. Hoje, esse número aumentou e chega a 227 presos para cada 100 mil habitantes.
Se fossem contabilizados os mandados de prisão expedidos e não cumpridos, o país disputaria com Cuba a terceira posição mundial - alertou Maurício Kuehne, diretor-geral do Depen, durante audiência na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Sistema Carcerário da Câmara dos Deputados. Segundo ele, dados da Secretaria Nacional de Segurança Pública apontam que cerca de 500 mil mandados não foram cumpridos, o que dobraria a população carcerária.
A taxa da população carcerária do Brasil por habitante está bem acima da média da América do Sul, que é de 165,5 por 100 mil - contou. Kuehne advertiu que esse ritmo de crescimento do total de detentos supera as vagas criadas pelo sistema penitenciário. Para acabar com o déficit de cerca de 200 mil vagas nas cadeias de todo o país seriam necessários R$ 6 bilhões, de acordo com o diretor-geral da Depen.
AUMENTA A POPULAÇÃO CARCERÁRIA NOS EUA
WASHINGTON, 27 Jun 2007 (AFP) - A população carcerária americana, a mais numerosa do mundo, se elevava a 2,24 milhões de detentos a meados de 2006, o que representa um aumento de 2,8% em relação ao ano anterior, segundo estatísticas oficiais divulgadas nesta quarta-feira. O aumento é considerado regular nos Estados Unidos, onde o número de detidos, hoje equivalente à população da Letônia, cresceu mais de 40% ao longo dos últimos 10 anos.
As vagas no sistema penitenciário, no entanto, aumentaram quase paralelamente com as dos detidos: no dia 30 de junho de 2006, as prisões locais tinham 94% de sua capacidade ocupada uma proporção que, nos estados, registrava entre 99% e 114%; e nas prisões federais, 134%.
Em média, 1 habitante em cada grupo de 133 está na prisão nos Estados Unidos.
Estas últimas estatísticas confirmam, também, a existência de grandes disparidades, em função dos estados, do sexo e da raça: mais de 9 detentos em cada grupo de 10 são homens, e os homens negros, que representam menos de 7% da população total do país, constituem 37% da população carcerária.
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
HABEMUS PRESIDENTA
Como brasileiro, quero cumprimentar e desejar sucesso à primeira presidenta do Brasil. O eleitor, com sua consciência e liberdade, preferiu escolher o continuísmo. Mesmo não concordando, respeito. Isso faz parte do jogo democrático. Outra coisa que é saudável, só a democracia proporciona a possibilidade e o direito do contraditório. Entender que a escolha da maioria dos eleitores foi contrária da minha, deve servir para mim e os demais que reflitam e façam uma autocrítica.
O sabor amargo da derrota nos dá uma chance de reorganizar, consertar e traçar novas metas. Quanto mais amargo, com mais convicção ainda podemos pensar em novas estratégias e construir um novo arsenal, para futuros combates no campo das idéias. Considero que no campo político, o mesmo orgulho dos vitoriosos deve ser também dos que perdem. Afinal, muitos podem entrar na disputa ao cargo maior da nação, porém, um só chega ao podium.
Enquanto disputa, enquanto campanha, os lados se defrontam, se digladiam, existem as comparações, os escândalos, as ofensas, existem também aquilo que “entendidos de política” chamam de campanha de baixo nível. Precisam explicar o que entendem por campanha de baixo nível. Após o resultado incontestável das urnas, tudo acaba, uma vez que o presidente eleito terá um único partido, o Brasil.
A própria Bíblia diz que o sol, a chuva, cai sobre os justos e os ímpios. Esse é o momento que todos, os críticos, os incrédulos, os do contra, devem reconhecer que o jogo encerrou e houve um vencedor. Este vencedor terá a enorme responsabilidade de comandar os destinos de um país que é de todos. Nossa expectativa e torcida agora se foca no êxito do novo governo que iniciará em primeiro de janeiro de 2011.
Entender que foi a maioria dos eleitores, e isso é a essência dos preceitos democráticos, conferiu a Dilma Rousseff, sua confiança e esperança de um novo tempo para o Brasil. É tudo que queremos: prosperidade, justiça social, saúde e educação de verdade. Para o futuro governo da presidenta Dilma chegar a esses resultados, é fundamental que exista uma oposição que siga regras republicanas.
Importante que, dentro deste processo político eleitoral que se encerra tudo realizado dentro das leis vigentes e da ordem institucional, a nação brasileira saia fortalecida e amadurecida. A democracia republicana no Brasil é ainda muito jovem, talvez tenham mais erros que acertos. Com a eleição de Dilma, demonstrou-se que caminhamos determinados e firmes, rumo a um Brasil que seja ao mesmo tempo, uma potência em crescimento e generoso presente para com todos seus habitantes.
O sabor amargo da derrota nos dá uma chance de reorganizar, consertar e traçar novas metas. Quanto mais amargo, com mais convicção ainda podemos pensar em novas estratégias e construir um novo arsenal, para futuros combates no campo das idéias. Considero que no campo político, o mesmo orgulho dos vitoriosos deve ser também dos que perdem. Afinal, muitos podem entrar na disputa ao cargo maior da nação, porém, um só chega ao podium.
Enquanto disputa, enquanto campanha, os lados se defrontam, se digladiam, existem as comparações, os escândalos, as ofensas, existem também aquilo que “entendidos de política” chamam de campanha de baixo nível. Precisam explicar o que entendem por campanha de baixo nível. Após o resultado incontestável das urnas, tudo acaba, uma vez que o presidente eleito terá um único partido, o Brasil.
A própria Bíblia diz que o sol, a chuva, cai sobre os justos e os ímpios. Esse é o momento que todos, os críticos, os incrédulos, os do contra, devem reconhecer que o jogo encerrou e houve um vencedor. Este vencedor terá a enorme responsabilidade de comandar os destinos de um país que é de todos. Nossa expectativa e torcida agora se foca no êxito do novo governo que iniciará em primeiro de janeiro de 2011.
Entender que foi a maioria dos eleitores, e isso é a essência dos preceitos democráticos, conferiu a Dilma Rousseff, sua confiança e esperança de um novo tempo para o Brasil. É tudo que queremos: prosperidade, justiça social, saúde e educação de verdade. Para o futuro governo da presidenta Dilma chegar a esses resultados, é fundamental que exista uma oposição que siga regras republicanas.
Importante que, dentro deste processo político eleitoral que se encerra tudo realizado dentro das leis vigentes e da ordem institucional, a nação brasileira saia fortalecida e amadurecida. A democracia republicana no Brasil é ainda muito jovem, talvez tenham mais erros que acertos. Com a eleição de Dilma, demonstrou-se que caminhamos determinados e firmes, rumo a um Brasil que seja ao mesmo tempo, uma potência em crescimento e generoso presente para com todos seus habitantes.
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
ARROGÂNCIA E SOBERBA DE LULA
Ao final de seu governo o presidente Lula instala no país um clima de animosidade e ódio. Com os ânimos quentes da campanha presidencial, o chefe maior do Estado brasileiro deixou de lado a compostura, a liturgia que exige o seu cargo e abandonou o decoro. Muito triste ver o presidente, que é de todos os brasileiros, descer ao nível tão baixo como estamos vendo nas últimas semanas.
No alto dos seus 80% de popularidade, ele ignora os preceitos que regem o Estado democrático de direito. Mergulhou na campanha da sua candidata e esqueceu de governar. Pior, usa da máquina governamental para custear toda a logística de viagens e palanques. Quer dizer, eu que não voto na Dilma, tenho que ajudar a pagar a conta! É compreensível fazer campanha e lutar para fazer seu sucessor, porém, Lula ultrapassa os limites e obcecado em eleger Dilma, transgride seu juramento de obedecer a Constituição.
Impressiona a maneira como Lula encarna nesta campanha, que não é
candidato, o líder sindicalista do passado. Basta subir no palanque, que solta sua metralhadora giratória, com objetivo de extirpar e surrar seus inimigos. Comportamento que beira o totalitarismo e joga brasileiro contra brasileiro. O papel de um presidente tem o dever sempre de procurar a paz, a concórdia entre seu povo. Jamais incitar simpatizantes da sua companheira para a intolerância contra simpatizantes do oponente.
Agindo assim Lula compromete a legitimidade do processo eleitoral. Principalmente quando não vemos uma mente iluminada, seja da OAB, Ministério Público Federal, Supremo Tribunal Federal, se levantar contra esse desserviço democrático que ele presta ao Brasil. As multas que já recebeu da Justiça Eleitoral, até agora não fazem nem cócegas, diante da arrogância e prepotência do filho do Brasil.
Curioso também é verificar que a Dilma, há semanas está à frente nas pesquisas de voto. E assim mesmo o Executivo Federal, na pessoa do seu titular, usa deste expediente, nada republicano para humilhar e destruir seus adversários. A imprensa nacional admite que essa eleição foi, depois de Collor e Lula em 1989, a mais sangrenta. Concordo, ela foi brutal e de baixo nível, onde mais parecia, não candidatos à presidência, mas dois atletas se esmurrando num ringue de Box.
No alto dos seus 80% de popularidade, ele ignora os preceitos que regem o Estado democrático de direito. Mergulhou na campanha da sua candidata e esqueceu de governar. Pior, usa da máquina governamental para custear toda a logística de viagens e palanques. Quer dizer, eu que não voto na Dilma, tenho que ajudar a pagar a conta! É compreensível fazer campanha e lutar para fazer seu sucessor, porém, Lula ultrapassa os limites e obcecado em eleger Dilma, transgride seu juramento de obedecer a Constituição.
Impressiona a maneira como Lula encarna nesta campanha, que não é
candidato, o líder sindicalista do passado. Basta subir no palanque, que solta sua metralhadora giratória, com objetivo de extirpar e surrar seus inimigos. Comportamento que beira o totalitarismo e joga brasileiro contra brasileiro. O papel de um presidente tem o dever sempre de procurar a paz, a concórdia entre seu povo. Jamais incitar simpatizantes da sua companheira para a intolerância contra simpatizantes do oponente.
Agindo assim Lula compromete a legitimidade do processo eleitoral. Principalmente quando não vemos uma mente iluminada, seja da OAB, Ministério Público Federal, Supremo Tribunal Federal, se levantar contra esse desserviço democrático que ele presta ao Brasil. As multas que já recebeu da Justiça Eleitoral, até agora não fazem nem cócegas, diante da arrogância e prepotência do filho do Brasil.
Curioso também é verificar que a Dilma, há semanas está à frente nas pesquisas de voto. E assim mesmo o Executivo Federal, na pessoa do seu titular, usa deste expediente, nada republicano para humilhar e destruir seus adversários. A imprensa nacional admite que essa eleição foi, depois de Collor e Lula em 1989, a mais sangrenta. Concordo, ela foi brutal e de baixo nível, onde mais parecia, não candidatos à presidência, mas dois atletas se esmurrando num ringue de Box.
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
COM DILMA O PAÍS PERDE
Se as últimas pesquisas para a corrida presidencial estiverem certas, teremos a primeira mulher presidente na história do Brasil. O país pode, ao eleger Dilma, correr sério risco. Ela representa um governo dos mais corruptos que já tivemos. Um número incontável de escândalos, crimes e desvio de dinheiro público foram o carro chefe do PT e seus aliados.
O Brasil elegendo a Dilma, vai estar dizendo bem claramente que não dá a mínima para a corrupção do governo Lula.
Todos os crimes cometidos, os bilhões roubados dos cofres públicos não incomoda em nada o cidadão brasileiro. Dinheiro que seria empregado para a saúde, com a construção de hospitais, construção de casas, poder pagar melhor os professores, contratar mais policiais para a segurança das nossas cidades, etc.
Se a indústria das pesquisas estiverem falando a verdade, o Brasil perde. Estaremos colocando na presidência do país uma pessoa que nunca teve um cargo eletivo. Uma pessoa fabricada, que sabe muito bem decorar tudo que seus assessores escrevem. Tem um discurso enfadonho e previsível, não tem idéias próprias, não tem estrela própria. O que vimos nos debates foi uma candidata com pensamentos vagos, que é muito boa para atacar e criar fatos, sempre falando mal do governo anterior.
Por outro lado, se esses números se confirmarem dia 31 próximo, estaremos deixando de eleger um homem, absolutamente preparado para ser talvez um dos grandes presidentes que este país já teve. Serra ao longo de sua vida mostrou aquilo que para um homem público é condicionante: caráter e dignidade. Exerceu todos os cargos eletivos com extrema competência e responsabilidade pela coisa pública. Priorizou sempre as pessoas, fator que o deixa anos-luz de vantagem da sua adversária.
O Brasil elegendo a Dilma, vai estar dizendo bem claramente que não dá a mínima para a corrupção do governo Lula.
Todos os crimes cometidos, os bilhões roubados dos cofres públicos não incomoda em nada o cidadão brasileiro. Dinheiro que seria empregado para a saúde, com a construção de hospitais, construção de casas, poder pagar melhor os professores, contratar mais policiais para a segurança das nossas cidades, etc.
Se a indústria das pesquisas estiverem falando a verdade, o Brasil perde. Estaremos colocando na presidência do país uma pessoa que nunca teve um cargo eletivo. Uma pessoa fabricada, que sabe muito bem decorar tudo que seus assessores escrevem. Tem um discurso enfadonho e previsível, não tem idéias próprias, não tem estrela própria. O que vimos nos debates foi uma candidata com pensamentos vagos, que é muito boa para atacar e criar fatos, sempre falando mal do governo anterior.
Por outro lado, se esses números se confirmarem dia 31 próximo, estaremos deixando de eleger um homem, absolutamente preparado para ser talvez um dos grandes presidentes que este país já teve. Serra ao longo de sua vida mostrou aquilo que para um homem público é condicionante: caráter e dignidade. Exerceu todos os cargos eletivos com extrema competência e responsabilidade pela coisa pública. Priorizou sempre as pessoas, fator que o deixa anos-luz de vantagem da sua adversária.
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
UM BRASIL SEM FUTURO
O Brasil está em alta pelo mundo afora. Fazemos parte do G20, estamos entre as 10 economias do mundo, a crise mundial, aqui não passou de uma “marola”, de devedores passamos a credores do FMI, temos um presidente que é venerado em todos os continentes. O governo faz a maior festa ao anunciar a descoberta pré-sal, mesmo que o petróleo aparecerá somente em 20 anos.
Paradoxalmente estamos em 75º no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Vivemos dentro de duas realidades: a primeira aponta o crescimento do país, a segunda mostra um desenvolvimento torto e muito aquém daquele desejado. O Brasil é muito grande, todos concordam, porém, na mesma proporção convive com um triste abismo social. Com muita festa e discursos triunfalistas passamos a ser o país do futuro. Em 2014 acontecerão aqui, pela segunda vez a Copa do Mundo de Futebol, em 2016 os Jogos Olímpicos Mundiais. Sem dúvida nenhuma, são conquistas que deixam todos orgulhosos.
Para receber esses dois grandes eventos mundiais, necessitou de organização, dinheiro, planejamento e muita propaganda. Ao mesmo tempo, quando contemplamos a realidade presente, o semblante ufanista desaparece imediatamente. O Rio de Janeiro, cidade da Olimpíada 2016, cidade de fortes contrastes, maravilhosa e capaz, é hoje uma cidade sitiada. O Rio que encanta esconde uma cidade partida, onde a violência urbana alcança níveis de barbárie. Bilhões serão gastos para fazer as Olimpíadas.
A pergunta é: quantos bilhões estão (tempo presente) sendo investidos para dar segurança ao povo carioca? Quantos bilhões se investem para aniquilar essa máquina que envolve a corrupção e o tráfico, que alimenta a indústria do crime? O que espanta é que se fez um movimento gigante para receber estes dois eventos. Todavia, os comandantes dessa nação não enfrentam com o mesmo vigor e entusiasmo o combate para vencer a batalha contra a miséria, a falta de saúde, péssima educação, criminalidade e a corrupção que acaba gerando um Estado fraco e refém do atraso. Contamos apenas com um presente que é resultado de um passado, teremos um futuro que só o amanhã (que ainda não existe) nos dirá.
Paradoxalmente estamos em 75º no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Vivemos dentro de duas realidades: a primeira aponta o crescimento do país, a segunda mostra um desenvolvimento torto e muito aquém daquele desejado. O Brasil é muito grande, todos concordam, porém, na mesma proporção convive com um triste abismo social. Com muita festa e discursos triunfalistas passamos a ser o país do futuro. Em 2014 acontecerão aqui, pela segunda vez a Copa do Mundo de Futebol, em 2016 os Jogos Olímpicos Mundiais. Sem dúvida nenhuma, são conquistas que deixam todos orgulhosos.
Para receber esses dois grandes eventos mundiais, necessitou de organização, dinheiro, planejamento e muita propaganda. Ao mesmo tempo, quando contemplamos a realidade presente, o semblante ufanista desaparece imediatamente. O Rio de Janeiro, cidade da Olimpíada 2016, cidade de fortes contrastes, maravilhosa e capaz, é hoje uma cidade sitiada. O Rio que encanta esconde uma cidade partida, onde a violência urbana alcança níveis de barbárie. Bilhões serão gastos para fazer as Olimpíadas.
A pergunta é: quantos bilhões estão (tempo presente) sendo investidos para dar segurança ao povo carioca? Quantos bilhões se investem para aniquilar essa máquina que envolve a corrupção e o tráfico, que alimenta a indústria do crime? O que espanta é que se fez um movimento gigante para receber estes dois eventos. Todavia, os comandantes dessa nação não enfrentam com o mesmo vigor e entusiasmo o combate para vencer a batalha contra a miséria, a falta de saúde, péssima educação, criminalidade e a corrupção que acaba gerando um Estado fraco e refém do atraso. Contamos apenas com um presente que é resultado de um passado, teremos um futuro que só o amanhã (que ainda não existe) nos dirá.
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
O ABORTO NA CAMPANHA PRESIDENCIAL
Ao falar sobre o aborto a candidata Dilma, mais uma vez mostrou que não reúne condições de querer presidir um país. De forma irresponsável trata do assunto sem o menor senso ético, que um tema tão complexo exige. Outra vez, em entrevista ao Jornal Nacional, ela declara que é contra o aborto, pois acredita que é uma agressão à mulher.
Santa ignorância, a mãe do PAC não sabe que acima de tudo, cada aborto realizado é cometido um assassinato? É uma vida que não teve chance de defesa? Por que ela não fala que aborto é um crime? O que está por trás dessa sua resposta? Uma coisa fica bem claro, ela é contra a vida. Responder que o assunto aborto se resume numa “agressão contra a mulher” beira a estultícia completa.
Também é muito importante lembrar que o feto não é prolongamento do corpo da mulher. Com quatro semanas, dois meses ou oito meses, existe ali na barriga da mulher uma vida, que se alimenta, que escuta, que se movimenta, que já sente ou não o afeto da mãe.
A Dilma é candidata que tem uma só palavra. Uma só palavra, nos documentos petistas, a favor do aborto, e uma só palavra, para os católicos e evangélicos, que é contra o aborto. O lado positivo de tudo isso é que o aborto está hoje na pauta do dia. Assunto esse extremamente delicado, que não pode se limitar numa campanha política.
Santa ignorância, a mãe do PAC não sabe que acima de tudo, cada aborto realizado é cometido um assassinato? É uma vida que não teve chance de defesa? Por que ela não fala que aborto é um crime? O que está por trás dessa sua resposta? Uma coisa fica bem claro, ela é contra a vida. Responder que o assunto aborto se resume numa “agressão contra a mulher” beira a estultícia completa.
Também é muito importante lembrar que o feto não é prolongamento do corpo da mulher. Com quatro semanas, dois meses ou oito meses, existe ali na barriga da mulher uma vida, que se alimenta, que escuta, que se movimenta, que já sente ou não o afeto da mãe.
A Dilma é candidata que tem uma só palavra. Uma só palavra, nos documentos petistas, a favor do aborto, e uma só palavra, para os católicos e evangélicos, que é contra o aborto. O lado positivo de tudo isso é que o aborto está hoje na pauta do dia. Assunto esse extremamente delicado, que não pode se limitar numa campanha política.
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
O SURTO DO PRESIDENTE
Existe quase uma unanimidade quando se fala que o presidente Lula é um fenômeno na política nacional. Resultado da sua trajetória de luta como sindicalista e contra a ditadura militar. De origem pobre e sofrido, tornou-se metalúrgico, e com extrema habilidade sempre usou do seu carisma e o poder de comunicação para conquistar os objetivos. Sua história de vida e uma carreira política surpreendente, o credencia como um dos maiores líderes que o país já teve.
Uma popularidade altíssima e seu governo chegando a índices de aprovação, beirando os 80%, Lula ao subir no palanque de campanha para discursar, parece voltar no tempo e encarnar o líder sindical de outrora. Procura humilhar e arrasar seus adversários, ataca impiedosamente e destila toda sua ira contra os adversários, e assim acaba cometendo excessos, quase sempre exagerando na dose. Impressiona a capacidade do homem que ocupa o cargo de primeiro mandatário do País, em plena campanha eleitoral, ultrapassar os limites constitucionais.
Multado várias vezes por infringir a Lei eleitoral, Lula costuma tratar a questão com ironia e deboche. Como presidente da República, autoridade maior do país e guardião da Constituição Federal, deveria se apresentar, principalmente quando se trata de uma disputa presidencial, com discrição, ética, medindo as palavras e agir como estadista. Todavia, seu comportamento é bem outro, com discurso raivoso ameaça e incita o povo a extirpar um partido democraticamente constituído.
Parecendo que está atrás nas pesquisas, ele deixa transparecer um poço de ressentimentos. Até estourar o último grande escândalo, que derrubou a ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, Lula dizia que todas as acusações feitas ao governo federal eram frutos de manobras eleitoreiras, produzidas pela oposição. A verdade veio à tona, rapidamente ele sentiu que o estrago foi grande e não poderia contemporizar com a gravidade dos fatos. Ministro-chefe da Casa Civil é o segundo cargo em importância dentro do Estado brasileiro.
O mesmo que aconteceu em 2005, quando o então ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, afastado do cargo em meio ao esquema do mensalão, a nação espantada assiste hoje, mais uma vez a deprimente repetição de episódios deploráveis, que coloca em xeque o papel institucional do Poder Executivo do Brasil. Não foram os adversários, responsáveis pela queda da ministra, mas, fruto de uma investigação jornalística séria, calçada em provas e rica em detalhes, que desvendou mais esse vergonhoso escândalo.
Uma popularidade altíssima e seu governo chegando a índices de aprovação, beirando os 80%, Lula ao subir no palanque de campanha para discursar, parece voltar no tempo e encarnar o líder sindical de outrora. Procura humilhar e arrasar seus adversários, ataca impiedosamente e destila toda sua ira contra os adversários, e assim acaba cometendo excessos, quase sempre exagerando na dose. Impressiona a capacidade do homem que ocupa o cargo de primeiro mandatário do País, em plena campanha eleitoral, ultrapassar os limites constitucionais.
Multado várias vezes por infringir a Lei eleitoral, Lula costuma tratar a questão com ironia e deboche. Como presidente da República, autoridade maior do país e guardião da Constituição Federal, deveria se apresentar, principalmente quando se trata de uma disputa presidencial, com discrição, ética, medindo as palavras e agir como estadista. Todavia, seu comportamento é bem outro, com discurso raivoso ameaça e incita o povo a extirpar um partido democraticamente constituído.
Parecendo que está atrás nas pesquisas, ele deixa transparecer um poço de ressentimentos. Até estourar o último grande escândalo, que derrubou a ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, Lula dizia que todas as acusações feitas ao governo federal eram frutos de manobras eleitoreiras, produzidas pela oposição. A verdade veio à tona, rapidamente ele sentiu que o estrago foi grande e não poderia contemporizar com a gravidade dos fatos. Ministro-chefe da Casa Civil é o segundo cargo em importância dentro do Estado brasileiro.
O mesmo que aconteceu em 2005, quando o então ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, afastado do cargo em meio ao esquema do mensalão, a nação espantada assiste hoje, mais uma vez a deprimente repetição de episódios deploráveis, que coloca em xeque o papel institucional do Poder Executivo do Brasil. Não foram os adversários, responsáveis pela queda da ministra, mas, fruto de uma investigação jornalística séria, calçada em provas e rica em detalhes, que desvendou mais esse vergonhoso escândalo.
terça-feira, 5 de outubro de 2010
Uma cidade, duas realidades
É indiscutível o vertiginoso e acelerado crescimento econômico que vive Blumenau. As indústrias têxteis e de vestuário são ainda as principais atividades. A cidade conta também como destaques, os setores de alimentação e metalurgia. Temos um sólido e importante pólo de informática.
Na construção civil são inúmeras as obras que seguem um ritmo frenético. Fenômeno esse que movimenta toda uma cadeia produtiva neste segmento de mercado. Se multiplicam os canteiros de obras pelo município, somente na Zona Norte estão sendo erguidos, ao mesmo tempo, dois grandes Shoppings Centers. Com vagas sobrando e falta de mão de obra, empresas anunciam em carros de som, e assim preencher os postos de trabalho.
Hoje Blumenau é uma cidade despojada e com luz própria, cosmopolita, acolhe e abraça a todos que aqui desembarcam. Não depende mais, como outrora, do segmento têxtil apenas. Este é o cenário da Blumenau de hoje, que traz em seu DNA a superação, obstinação pelo trabalho e uma notável pujança. É bom lembrar que, tudo isso acontece graças à iniciativa privada, responsável em projetar o município no país e no exterior.
Nas duas últimas décadas Blumenau recebeu uma geração de empreendedores focados no conhecimento, oportunidade e tecnologia. São na maioria jovens empresários vocacionados, que ultrapassam os obstáculos e perseguem tenazmente o sucesso no mundo dos negócios. Enquanto que uma avança a todo vapor, existe uma outra Blumenau, aquela que pertence ao poder público. Contrário ao modelo da iniciativa privada, a coisa pública deixa a cidade lenta, atrasada e burocrática. Na busca de recursos para obras de infraestrutura, a Blumenau pública perde muito tempo com discussões de cunho político partidário.
Exemplos não faltam, citaremos aqui apenas três. Seis meses depois do seu início o cenário é o mesmo, Viaduto da Via Expressa, não passa de um canteiro sem obras. Mencionar também as galerias do Trevo do Sesi e da Rua 2 setembro, dois anos e nada de conclusão. São imagens desoladoras, que mostra o desrespeito para com o cidadão blumenauense, uma vez que essas obras, acima citadas e tantas outras já foram pagas por todos nós, contribuintes.
Este é o contraste por que passa o município. Duas realidades verificadas, uma é a cidade que cresce de maneira objetiva e vigorosa. Outra é a cidade que teima em não crescer, empaca por qualquer solavanco.
Na construção civil são inúmeras as obras que seguem um ritmo frenético. Fenômeno esse que movimenta toda uma cadeia produtiva neste segmento de mercado. Se multiplicam os canteiros de obras pelo município, somente na Zona Norte estão sendo erguidos, ao mesmo tempo, dois grandes Shoppings Centers. Com vagas sobrando e falta de mão de obra, empresas anunciam em carros de som, e assim preencher os postos de trabalho.
Hoje Blumenau é uma cidade despojada e com luz própria, cosmopolita, acolhe e abraça a todos que aqui desembarcam. Não depende mais, como outrora, do segmento têxtil apenas. Este é o cenário da Blumenau de hoje, que traz em seu DNA a superação, obstinação pelo trabalho e uma notável pujança. É bom lembrar que, tudo isso acontece graças à iniciativa privada, responsável em projetar o município no país e no exterior.
Nas duas últimas décadas Blumenau recebeu uma geração de empreendedores focados no conhecimento, oportunidade e tecnologia. São na maioria jovens empresários vocacionados, que ultrapassam os obstáculos e perseguem tenazmente o sucesso no mundo dos negócios. Enquanto que uma avança a todo vapor, existe uma outra Blumenau, aquela que pertence ao poder público. Contrário ao modelo da iniciativa privada, a coisa pública deixa a cidade lenta, atrasada e burocrática. Na busca de recursos para obras de infraestrutura, a Blumenau pública perde muito tempo com discussões de cunho político partidário.
Exemplos não faltam, citaremos aqui apenas três. Seis meses depois do seu início o cenário é o mesmo, Viaduto da Via Expressa, não passa de um canteiro sem obras. Mencionar também as galerias do Trevo do Sesi e da Rua 2 setembro, dois anos e nada de conclusão. São imagens desoladoras, que mostra o desrespeito para com o cidadão blumenauense, uma vez que essas obras, acima citadas e tantas outras já foram pagas por todos nós, contribuintes.
Este é o contraste por que passa o município. Duas realidades verificadas, uma é a cidade que cresce de maneira objetiva e vigorosa. Outra é a cidade que teima em não crescer, empaca por qualquer solavanco.
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
O HOMEM E SEU VAZIO EXISTENCIAL
A pós-modernidade está sendo marcada pelas inúmeras e revolucionarias descobertas. Grandes e importantes são também os avanços tecnológicos e científicos, inovações que fazem o homem viajar por dentro deste maravilhoso mundo novo. Podemos hoje monitorar nossas casas há milhares de quilômetros. A medicina é outro campo que não para de evoluir, nos Estados Unidos já existe um carro que possibilita o deficiente visual dirigir, na Espanha um homem recebeu transplante total do seu rosto.
Num mundo que tem pressa e tudo acontece muito rápido, precisamos tudo para ontem. Com o evento da internet, passamos a viver numa aldeia global e a rede mundial é hoje ferramenta vital que move o planeta. Não achamos mais tempo para contemplar as coisas belas e simples que estão à nossa volta, o outro não é mais considerado. A sociedade atual caracteriza o bem-estar pela busca compulsiva do consumismo. Trava-se uma corrida diária para adquirir e acumular bens, somos compelidos a seguir todas as tendências ditadas pelo mercado. Temos a constante necessidade pelo prazer imediato, a satisfação garantida, mesmo que tudo seja passageiro. O que acaba pesando mais na balança do sujeito pós-moderno é a sensação de pertencimento ao mundo das aparências e da vaidade.
A todo momento surgem novidades, hoje elas nos seduz e encanta, amanhã já estão ultrapassadas e as deixamos de lado. Desde cedo somos condicionados para construir um futuro de sucesso. Mais tarde caminhamos rumo a uma brilhante carreira profissional, e descobrimos então que a vida é uma competição cruel. Somos bombardeados todos os dias pelos modismos, onde predomina a ditadura da moda, ditadura da beleza e o culto ao corpo. Nestes dias, em que se glamoriza a futilidade, valores morais são abandonados, padrões éticos subvertidos e a pessoa é coisificada, o indivíduo deixa de administrar suas mazelas interiores e prefere gerenciar a vida alheia.
Fruto de uma sociedade neorótica e decadente, que prioriza o apego insano pela estética e alimenta a paranóia do ego. Mesmo com todo progresso alcançado, percebe-se que o homem, sua natureza predadora e insaciável, vive imerso num profundo vazio existencial. Não precisamos andar muito para encontrar pessoas que, sinceramente e até obsessivamente, procuram a tão prometida e sonhada felicidade. Porém, na maioria das vezes elas conseguem um pouco de momentos felizes e breves instantes de alegria, para restar no final, apenas um efêmero prazer.
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