sexta-feira, 19 de novembro de 2010

AUTISMO

Quero aproveitar este espaço para comunicar que no último sábado (13/11), meu filho de 14 anos foi internado no Hospital Santa Catarina. Começou com um quadro de apatia e se recusando a comer e beber qualquer coisa. Fraco e perdendo peso, não tivemos mais outra saída se não levá-lo ao pronto socorro. Vinicius é portador da Síndrome de Asperguer, que é uma desordem ou transtorno na comunicação, na área comportamental e no convívio social.

São aspectos que complicam para a medicina poder diagnosticar o que levou o Vini parar subitamente de falar, dormir, comer e ingerir líquidos. Depois de três dias ele começa a reagir, hoje foi o dia que conseguiu comer uma certa quantidade de alimento. As refeições servidas pelo hospital ele não aceita.

Foi chamada uma nutricionista para acompanhá-lo. Ele conseguiu comer alguma coisa que parentes trouxeram e mais tarde um composto de nutrientes. Ficamos felizes, uma vês que o medico já tinha prevenido que mais um ou no máximo dois dias, o Vinicius teria que receber alimento por sonda.

O medico pediatra que atendeu o Vini entendeu que a partir do terceiro dia e o quadro não mudava, pediu orientação para outros profissionais da área. Uma neuropediatra disse a ele que se não começasse a comer ela não teria mais outra saída se não tratá-lo com sonda. Cremos que o Vinicius entendeu e começou a comer, permaneceu internado mais dois dias e recebeu alta. Já em casa está à mesma coisa, com a diferença que consegue comer, com certa resistência, e também já dorme.

Registro esse fato para chamar atenção sobre a falta de assistência aos portadores de síndrome de asperger (autismo). O Estado brasileiro trata estes pacientes com total desrespeito. Meu filho até adoecer gostava demais de ir à escola. Porém, por parte da escola a recíproca não é verdadeira. Todos ali sabem muito bem sobre o que acontece com o Vini, profissionais que trabalham com ele fora o período de aula, já deram palestras e oficinas para que a escola pudesse tratar melhor com o Vini.

Frustração, essa é a palavra. Muitos professores o tratam como um problema, o menino que constrange a professora na frente dos outros alunos. Tudo relatado a nós através da agenda. Outra professora liga dizendo que está abalada emocionalmente por causa do Vinicius. Quer dizer, elas estão mais preocupadas com elas, do que as razões de determinadas reações do Vini possa ter.

Tenho muito orgulho do meu filho, principalmente em pensar que conseguiu superar por anos, os pré-conceitos das outras crianças, despreparo de professores, rotulado como menino problema, incompreendido por pessoas que deveriam abraçá-lo e ajudá-lo.É muito triste saber que existem milhares de Vinicius espalhados pelo Brasil a fora. Todos estes são vitimas de uma política educacional perversa.

Ela condena as crianças autistas a um mundo do faz de conta. Fingem que elas são educadas, fingem que estão preparados para trabalhar (Lei de Inclusão)com essas crianças especiais, fingem que elas passam de ano. Uma grande bobagem, uma grande mentira. Tudo patrocinado pelo Ministério da Educação.

Um comentário:

  1. Olá Amaildo,

    Enviei e-mail para vc esta semana, mas não recebi respostas....espero de coração que seu filho esteja melhor...Um abraço
    Seu amigo de Hospital Unimed Dia /
    Septoplastia
    Gilberto Jose Canello de Souza
    gilsouza289@gmail.com

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