terça-feira, 12 de julho de 2011

SEMPRE EM ESTADO DE ALERTA

Vivemos assustados, todos os dias recebemos notícias que nos trazem elementos de angústia e reflexão. Imagens e informações que causam profunda perplexidade e desalento.

Mais parece um diário de guerra, escrito por uma sociedade que, de um lado é moderna e avançada. Por outro lado, essa mesma sociedade mostra-se decadente e que retrocedeu no campo dos valores morais.

Enquanto vemos todas essas barbaridades acontecendo, cada vez mais próximas de nós, sentimo-nos ameaçados e completamente indefesos. Inseguros, caminhamos na rua sempre em estado de alerta, já que podemos ser o próximo na lista de vítimas da violência.

Ficamos impotentes diante da cultura do medo, muito disso é fruto de uma busca insana por parte do homem de querer preencher seu vazio existencial. Pertencemos a uma organização de indivíduos acuados, e que têm dificuldades para vislumbrar um futuro de paz.

Tivemos no Brasil durante 20 anos um período negro, marcado pela ditadura, (falta de liberdade) onde tudo era passivo de censura. Hoje em dia vivemos o oposto da ditadura. Com o fim do Regime Militar o país conquistou a tão sonhada liberdade.

Ao mesmo tempo, pagamos hoje um alto preço por viver num estado democrático. Hoje, por conta da violência sem limites, o “Brasil das liberdades” impõe ao cidadão o toque de recolher. A corrupção aumentando, dinheiro público sendo saqueado do Oiapoque a Chuí, impunidade que reina solenemente.

Estes e outros são ingredientes que só fazem crescer a violência e a criminalidade, e geram por fim uma população acuada e insegura. Sob a égide de uma lei que prega a proteção do menor de idade, e que na prática ela favorece certos menores a cometerem todo o tipo de crime, e depois chamados simplesmente de “infrator”.

E assim, os maiores de idade (nós) passam a ficar desprotegidos. Em nome dessa liberdade, o Estado acaba compactuando com a própria degeneração do tecido social. O fim do respeito mutuo, é também um outro exemplo da banalização dos valores.

O jovem que hoje em dia respeitar os outros é tratado pelo seu grupo como “careta” ou de “pagar mico”. Passamos a ser reféns de uma geração sem limites. Prova disso é o aumento avassalador, nos últimos 20 anos, da violência gerada pelo consumo de drogas extremamente danosas.

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