Enfim, após o carnaval, como o nome já diz: festa da carne, as coisas no Brasil começam para valer. Passou o período do vale a pena ver de novo e voltamos para os capítulos inéditos do mundo real. Temos dois brasis que inicia agora, um é o Brasil da sociedade política, onde todos estão inseridos.
Outro Brasil é dos políticos, aqueles que depois de tomarem posse, tornam-se intocáveis, super-poderosos. Somente se falarmos do aumento de 65% em seus salários, verificamos que começaram o ano de 2011 como os brasileiros mais afortunados e mais bem pagos. Mas depois de se auto-concederem este aumento “significativo”, prometem uma reforma política.
Isso prova que nós, simples mortais, que recebemos apenas 6,6% de aumento, não temos como contesta-los, pois somente com um aumento fabuloso como o que ganharam é que talvez encontraram forças,ânimo e as mínimas condições para suar a camisa(paletó)e assim reformar a “lata velha” que se encontra nossa política nacional.
Para o Congresso Nacional o Brasil, uma verdadeira “vaca leiteira” já deu certo, alias, o Brasil já deu tudo que eles precisavam. Com uma vida de regalias, influentes, todos com uma série de mordomias, esses homens que contam com uma divina imunidade, tratam agora o povo como uma massa de gente, que só sabe reclamar.
Descolado com as demandas da população a Casa maior de leis do Planalto Central do Brasil, vive de joelhos e beijando os pés do Executivo Federal. Tudo isso para viver desfrutando das vantagens, às custas de uma máquina carcomida e movida pela sórdida corrupção que está no DNA deste país. Sabemos que os escândalos que estouram no Congresso só aparecem porque a imprensa descobre.
E essa onda agora de fazer uma reforma política, parte principalmente da sociedade organizada. Concluímos então que: se dependesse unicamente do Congresso em relação à roubalheira, aquilo estaria pior que a máfia italiana e o Cartel de Medelín juntos. No caso da suposta reforma os “artistas” principais já começam a representar uma atuação chula e hipócrita.
É tudo um faz de conta, eles falam dela, debatem ela, discutem ela, criam comissões. Porém, não passa de um palanque armado, onde os coronéis, aqueles que realmente mandam deste país, já definiram o fim desta história. Reforma política que interessa ao cidadão brasileiro, vai de encontro aos interesses dessas “aves de rapina” que desprezam a vontade do povo brasileiro.
Para essa gente nós temos importância somente durante três meses, de dois em dois anos. Como se mostra hoje o Congresso Nacional em resposta às demandas do país está mais para um Carandiru, primeiro fechar e depois implodir.
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