quarta-feira, 2 de março de 2011

QUEM AVISA, AMIGO É!

Dias atrás, um amigo indignado desabafou: “não consigo mais ouvir os noticiários, só trazem notícias ruins”. Na hora concordei com ele. Mais tarde, refletindo sobre o assunto, concluí que é bem melhor ficar sabendo dos muitos escândalos, de corrupção que pipocam cotidianamente em nosso país, do que pensar nos muitos crimes contra a população, que outrora ficavam encobertos e impunes como no tempo da ditadura, sem ninguém saber de nada.

Hoje, o povo quer e precisa saber das barbaridades que são reveladas em horário nobre, nas imagens da vergonha, imagens dos saqueadores, parasitas que se servem do dinheiro público. Num passado não muito distante, era impossível acompanhar passo a passo, pela TV, ou outro veículo de massa, corrupto e corruptor, sordidamente tramando em detalhe o próximo golpe.

Sempre houve, em todos os tempos, dentro dos poderes, seja público ou privado, as organizações mafiosas, as negociatas e os grandes desvios de verbas públicas. Nesta guerra que não tem trégua, e para enfrentar a escalada da corrupção, o país dispõe de dois aparelhos de Estado importantes, Policia Federal e o Ministério Público. Que, com a inteligência e tecnologia de ponta, conseguem entrar nos labirintos e mostrar a face oculta dos inimigos do Brasil.

Ações bem sucedidas, expõem as vísceras daqueles que desafiam e sangram a dignidade de todo um povo. No entanto, não podemos esquecer que o submundo deste tipo de crime, vêm crescendo e se aprimorando também. A noticia boa é que a luta titânica contra a poderosa engenharia do suborno e da roubalheira, alastrando-se e até contaminando instituições vitais à democracia, começa a perder força. Temos na imprensa outra peça fundamental neste processo.

O cidadão brasileiro, que hoje sente-se desamparado e não acreditando nas instituições, vê na imprensa sua última esperança. É preciso mais do que nunca, confiar nas investigações de jornalistas sérios e isentos, trazendo assim a verdade à tona. À medida em que aumenta a corrupção, e paralelamente correndo solta a impunidade, torna-se imprescindível lutar diuturnamente para divulgar sempre, aquilo que necessita ser divulgado, para que num futuro próximo o Brasil comece a vencer a guerra contra este mal.

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