Chegou a hora de ver se a presidente Dilma tomará uma decisão de estado, afastando o incorrigível causador de escândalos, ministro Palocci, ou uma decisão meramente política, deixando no cargo o ministro da Casa Civil. A sorte de Palocci está lançada, agora está com a presidente à responsabilidade de jogar a pá de cal sobre este caso “riquíssimo” em explicações evasivas.
Não é razoável imaginar que, enquanto uma penca de suspeitas que caem sobre a cabeça de Palocci, ele ocupando o ministério mais importante, poderá continuar no cargo e ficar com a cara de nada a declarar. Nada até agora foi explicado que pudesse convencer, até o mais ignorante cidadão brasileiro, que toda a ascensão financeira do ministro é absolutamente lícita e tem origem legal.
A declaração do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, ao sentenciar a inocência de Palocci não muda em nada a situação. Procurador, a palavra já diz: defende os interesses do governo central, e nada mais compreensível que seu voto seria em favor do próprio ministro Palocci, que é o próprio governo.
Preocupante é a presidente permitir que, aos seis meses de governo, em meio a sua primeira grande crise política, chamar o ex-presidente e renomado palestrante Lula, tomar as decisões. Isso é da mesma gravidade que o caso Palocci. O brasileiro pode estar diante de uma presidenta que não manda, que não decide, não tem autonomia.
Esse é o desenho que vislumbramos de um governo que, em principio é continuidade dos últimos oito anos, por ser do mesmo partido político, porém ele dá sinais claros de querer tropeçar em suas próprias pernas. O Brasil é um país grande demais para sofrer pesados solavancos em sua estabilidade democrática. A verdade é que parece ter mais joio que trigo dentro do governo petista.
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