quarta-feira, 4 de maio de 2011

SE BEBER NÃO DIRIJA, MAS SE NÃO DIRIGIR BEBA ATÉ CAIR!

Se existe uma coisa que me irrita profundamente, se chama mercado bilionário da publicidade da grande mídia nacional, principalmente a que trata das bebidas alcoólicas. Tempos atrás era veiculado propaganda da Caninha 51, Campari, Conhaque Drenher, Bacardi, etc.

Os arautos da moralidade entenderam ser uma publicidade que acabava incentivando o consumo demasiado do álcool pela população e assim trazendo danos à sociedade. De forma escancarada temos hoje apenas propaganda de cervejas.

Talvez algum gênio teve embriagante idéia de achar que o álcool das bebidas destiladas é menos nociva que as fermentadas! È o que dá viver num país com uma alta dose de hipocrisia etílica.

O norte que faz essas marcas de cervejas entrarem todos os dias em nossos lares, e alardear que devem ser consumidas “sempre bem gelada”, são as campanhas com o slogan: “se beber não dirija”. Aparece nesses anúncios astros dos mais variados gêneros, são celebridades do esporte, da música, do teatro, TV, etc.

Se já não fosse bizarro o suficiente ver jogadores de futebol como garotos propaganda de cerveja, contrataram o próprio técnico da seleção brasileira de futebol. Mostrando assim para todo o Brasil que o álcool combina perfeitamente com a vida de atleta! Nessa história toda tem um detalhe que é bom não esquecer.

É razoável refletir que as muitas marcas de bebidas alcoólicas destiladas, que no passado eram veiculados em todas as emissoras de televisão do país, não traziam o tamanho do retorno financeiro que hoje trazem as marcas de cervejas.

Somente duas ou três dessas marcas são responsáveis por encher os cofres das grandes redes nacionais. São esses e outros fatores que causam essa deformidade na publicidade brasileira, ela dita as coisas, ao mesmo tempo vemos a sociedade se calar e fazer de conta que isso não é do seu respeito.

O que é respeitado apenas neste submundo, nada sóbrio, são as polpudas cifras, que faz calar a ética e o respeito, onde por conta de bilhões tudo é permitido à esse mercado o publicitário. Cerveja que na TV é estrela, na vida real é a vilã. Talvez não seja ilegal essa propaganda de cerveja, porém é tremendamente imoral.

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