sábado, 21 de maio de 2011

MORTE DE RICO OU FAMOSO, DÁ IBOPE

Quando ocorre um crime, envolvendo pessoas de reputação e ricas, a mídia não perde tempo em deslocar equipes de reportagem numa grande cobertura. Policiais também são vistos aos montes. É tudo minuciosamente investigado, peritos não perdem uma pista sequer. Equipes de especialistas são enviadas para o local e se inicia o trabalho a reconstituição do crime.

Delegados aparecendo a todo o momento para prestar informações sobre o caso, advogados e familiares são assediados pela imprensa. Tudo alimentado por um pelotão de jornalistas. Afinal, é gente “importante” que matou ou que morreu! Isso sempre causa mais comoção pública, e conseqüentemente cresce a audiência, e lógico, um maior faturamento aos tele-jornais.

Já, nos crimes envolvendo a classe baixa, a história é bem outra. Em crimes até mais graves, só porque os personagens são invisíveis, o fato não ganha a mínima repercussão. A polícia aparece, rapidamente, somente para recolher o corpo, marca apenas presença com algumas perguntas mais que básicas. Nada é apurado, nada é investigado.

Televisão então, nem pensar, talvez no máximo uma foto de jornal de bairro. O que se pode concluir com essa distinção que fomenta a discriminação e o pré-conceito? A verdade é que estamos sendo pautados pela mídia. É ela que define o que é importante, o que é irrelevante. Para ela, interessa unicamente se os envolvidos nas tragédias cotidianas são famosos ou com muito dinheiro.

Bem, o resto não passa de índices dentro das estatísticas que medem a criminalidade como um todo. Qual é a diferença entre um crime que envolve um rico ou famoso, para um que tenha um pobre e desconhecido? Só a mídia tem essa resposta.

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