quarta-feira, 25 de maio de 2011

LULA QUER MANDAR MAIS QUE DILMA

Lula não se emenda, foi a Brasília para defender Palocci. Deixando com isso claro que a presidente Dilma não apita nada neste caso. Alias, como as coisas caminham neste Brasil, têm outras demandas que Dilma também não tem a última palavra.

Afinal, quem manda neste país, a presidente ou o fanfarrão de Garanhuns? Lula, não é a primeira vez, perde uma excelente oportunidade de ficar quieto no seu cantinho. A mais recente resvalada do Dr. Palocci deixa o Governo Federal em situação delicada.

O Planalto não tem muitas saídas. Está blindando o ministro de todas as formas, se deixar dar as devidas explicações, o governo corre o risco de cair em desgraça, uma vez que tudo indica não existir explicações plausíveis. Não dar os devidos esclarecimentos, a crise só aumenta, contaminando a presidente Dilma.

A estratégia do governo é ter o tempo como seu principal aliado, apostando que é uma questão de dias e a repercussão do escândalo cairá no esquecimento. Por todas as razões acima expostas é que Lula, com sua ida a Brasília, para tentar salvar a pela do seu amigo íntimo, acabou dando mais munição à oposição.

Lula precisa entender de uma vez por todas, que tem um jogo em andamento, e ele está fora da partida. Todas as respostas até agora, sobre o súbito enriquecimento do ministro Palocci, funcionaram unicamente para que aumentassem, e muito, as suspeitas de ilicitude sobre o ministro.

sábado, 21 de maio de 2011

MORTE DE RICO OU FAMOSO, DÁ IBOPE

Quando ocorre um crime, envolvendo pessoas de reputação e ricas, a mídia não perde tempo em deslocar equipes de reportagem numa grande cobertura. Policiais também são vistos aos montes. É tudo minuciosamente investigado, peritos não perdem uma pista sequer. Equipes de especialistas são enviadas para o local e se inicia o trabalho a reconstituição do crime.

Delegados aparecendo a todo o momento para prestar informações sobre o caso, advogados e familiares são assediados pela imprensa. Tudo alimentado por um pelotão de jornalistas. Afinal, é gente “importante” que matou ou que morreu! Isso sempre causa mais comoção pública, e conseqüentemente cresce a audiência, e lógico, um maior faturamento aos tele-jornais.

Já, nos crimes envolvendo a classe baixa, a história é bem outra. Em crimes até mais graves, só porque os personagens são invisíveis, o fato não ganha a mínima repercussão. A polícia aparece, rapidamente, somente para recolher o corpo, marca apenas presença com algumas perguntas mais que básicas. Nada é apurado, nada é investigado.

Televisão então, nem pensar, talvez no máximo uma foto de jornal de bairro. O que se pode concluir com essa distinção que fomenta a discriminação e o pré-conceito? A verdade é que estamos sendo pautados pela mídia. É ela que define o que é importante, o que é irrelevante. Para ela, interessa unicamente se os envolvidos nas tragédias cotidianas são famosos ou com muito dinheiro.

Bem, o resto não passa de índices dentro das estatísticas que medem a criminalidade como um todo. Qual é a diferença entre um crime que envolve um rico ou famoso, para um que tenha um pobre e desconhecido? Só a mídia tem essa resposta.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

OUTRA VEZ, PALOCCI NA BERLINDA

Para não fugir à regra, explode o primeiro grande escândalo do governo Dilma. A história comprova que o PT no governo é sinônimo de mau exemplo na gestão da coisa pública. O infortúnio bate novamente na Casa Civil, e outra vez o conhecido e incorrigível pecador Antonio Palocci, figura como personagem central de uma trama onde é acusado de multiplicar por vinte o seu patrimônio em quatro anos apenas.

O Planalto, já era esperado, saiu imediatamente para colocar “panos quentes” sobre o fato. Palocci, para não dar explicações, provavelmente nenhuma convincente, esconde-se no manto da impunidade existente no governo central. A turma do abafa alega que Palocci, em nota, já prestou todas as explicações e não tem razão nenhuma para contar maiores detalhes. É tudo muito triste, mais um escândalo com o mesmo personagem.

Isso não pode ser um país sério, onde um ministro não tem coragem de explicar sua absurda ascensão financeira nos últimos quatro anos. Seu gesto só comprova que os esquemas imorais dentro do governo Dilma, continuam a todo vapor. O componente que difere toda essa sujeira do governo anterior, é que hoje é maior a anestesia e a incredulidade da opinião pública.

A esperança que poderia vir da justiça, também acabou. Por estes e outros motivos, os corruptos perderam completamente o medo e a vergonha de agir. Exemplos não faltam, que indicam que os políticos no Brasil não abandonam a prática de enganar o povo para seu proveito próprio. Palocci é mais exemplo do charco de lama que nos encontramos.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

O HOMEM E SEU VAZIO EXISTENCIAL

A era pós-moderna que vivemos é marcada por inúmeras e revolucionarias descobertas. Grandes e importantes são também os avanços tecnológicos e científicos, inovações que fazem o homem viajar por dentro deste maravilhoso mundo novo.

Já é possível hoje monitorar nossas casas há milhares de quilômetros. A medicina é outro campo que não para de evoluir, nos Estados Unidos já existe um carro que possibilita o deficiente visual dirigir, na Espanha um homem recebeu transplante total do seu rosto.

Num mundo que tem pressa e tudo acontece muito rápido, precisamos tudo para ontem. Com o evento da internet, passamos a viver numa aldeia global e a rede mundial é hoje ferramenta vital que move o planeta. Ao mesmo tempo, não achamos mais tempo para contemplar as coisas belas e simples que estão à nossa volta, o outro não é mais considerado.

A sociedade atual caracteriza o bem-estar pela busca compulsiva do consumismo. Trava-se uma corrida diária para adquirir e acumular bens, somos compelidos a seguir todas as tendências ditadas pelo mercado. Temos a constante necessidade pelo prazer imediato, a satisfação garantida, mesmo que tudo seja passageiro.

O que acaba pesando mais na balança do sujeito pós-moderno é a sensação de pertencimento ao mundo das aparências e da vaidade. A todo momento surgem novidades, hoje elas nos seduz e encanta, amanhã já estão ultrapassadas e as deixamos de lado. Desde cedo somos condicionados para construir um futuro de sucesso.

Mais tarde caminhamos rumo a uma brilhante carreira profissional, e descobrimos então que a vida é uma competição cruel. Somos bombardeados todos os dias pelos modismos, onde predomina a ditadura da moda, ditadura da beleza e o culto ao corpo.

Nestes dias, em que se glamoriza a futilidade, valores morais são abandonados, padrões éticos subvertidos e a pessoa é coisificada, o indivíduo deixa de administrar suas mazelas interiores e prefere gerenciar a vida alheia.

Fruto de uma sociedade neorótica e decadente, que prioriza o apego insano pela estética e alimenta a paranóia do ego. Mesmo com todo progresso alcançado, percebe-se que o homem, sua natureza predadora e insaciável, vive imerso num profundo vazio existencial.

Não precisamos andar muito para encontrar pessoas que, sinceramente e até obsessivamente, procuram a tão prometida e sonhada felicidade. Porém, na maioria das vezes elas conseguem um pouco de momentos felizes e breves instantes de alegria, para restar no final, apenas um efêmero prazer.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

SE BEBER NÃO DIRIJA, MAS SE NÃO DIRIGIR BEBA ATÉ CAIR!

Se existe uma coisa que me irrita profundamente, se chama mercado bilionário da publicidade da grande mídia nacional, principalmente a que trata das bebidas alcoólicas. Tempos atrás era veiculado propaganda da Caninha 51, Campari, Conhaque Drenher, Bacardi, etc.

Os arautos da moralidade entenderam ser uma publicidade que acabava incentivando o consumo demasiado do álcool pela população e assim trazendo danos à sociedade. De forma escancarada temos hoje apenas propaganda de cervejas.

Talvez algum gênio teve embriagante idéia de achar que o álcool das bebidas destiladas é menos nociva que as fermentadas! È o que dá viver num país com uma alta dose de hipocrisia etílica.

O norte que faz essas marcas de cervejas entrarem todos os dias em nossos lares, e alardear que devem ser consumidas “sempre bem gelada”, são as campanhas com o slogan: “se beber não dirija”. Aparece nesses anúncios astros dos mais variados gêneros, são celebridades do esporte, da música, do teatro, TV, etc.

Se já não fosse bizarro o suficiente ver jogadores de futebol como garotos propaganda de cerveja, contrataram o próprio técnico da seleção brasileira de futebol. Mostrando assim para todo o Brasil que o álcool combina perfeitamente com a vida de atleta! Nessa história toda tem um detalhe que é bom não esquecer.

É razoável refletir que as muitas marcas de bebidas alcoólicas destiladas, que no passado eram veiculados em todas as emissoras de televisão do país, não traziam o tamanho do retorno financeiro que hoje trazem as marcas de cervejas.

Somente duas ou três dessas marcas são responsáveis por encher os cofres das grandes redes nacionais. São esses e outros fatores que causam essa deformidade na publicidade brasileira, ela dita as coisas, ao mesmo tempo vemos a sociedade se calar e fazer de conta que isso não é do seu respeito.

O que é respeitado apenas neste submundo, nada sóbrio, são as polpudas cifras, que faz calar a ética e o respeito, onde por conta de bilhões tudo é permitido à esse mercado o publicitário. Cerveja que na TV é estrela, na vida real é a vilã. Talvez não seja ilegal essa propaganda de cerveja, porém é tremendamente imoral.

domingo, 1 de maio de 2011

A PEDRA QUE MATA

São necessários 15 segundos apenas para o crack, um subproduto da cocaína, chegar ao cérebro do usuário e assim iniciar um processo de destruição da sua própria vida. Mais barato que a cocaína, o efeito da pedra dura bem menos e faz com que o consumo seja feito em maior quantidade, tornando o vício muito caro.

Em 15 minutos, surge de novo a necessidade de fumar outra pedra.Por ser estimulante, seis vezes mais potente que a cocaína, provoca uma rápida dependência física e, na maioria dos casos, a morte, uma vez que a sua ação é letal sobre o sistema nervoso central e cardíaco.

Além de o usuário destruir sua própria vida, traz em seguida esse verdadeiro flagelo para dentro da sua família. Pela forte dependência da droga, leva o usuário, em muitos casos, a praticar pequenos furtos, que vão de dinheiro a objetos que tenham algum valor para conseguir comprar o crack.

A vida de delinquência geralmente começa na própria casa. Normalmente, o jovem acaba se infiltrando no submundo do crime, e a jovem cai no mundo da prostituição. A ação avassaladora do crack já é reconhecida por estudiosos e especialistas em saúde pública como pandemia. A disseminação dessa droga coloca-o dependente. Além de ser a maior vítima, torna-o também uma grave ameaça à sociedade.

A omissão do Estado nessa guerra contra as drogas, em especial o crack, talvez seja a principal razão para o rápido crescimento desta chaga social. Exemplo desse descaso pode ser demonstrado pela Secretaria Nacional Antidrogas (Senad), que admite não ter em mãos dados e orçamento que permitam executar uma política nacional para combater o avanço do crack.

Enquanto as autoridades lavam suas mãos, multiplica-se de maneira incontrolável o número de soldados, já vencidos e corroídos, que são diariamente arregimentados para o exército suicida do crack. As autoridades e a sociedade não podem perder mais tempo na luta contra este mal que se alastra violentamente.

Se nada for feito, fatalmente seremos testemunhas do efeito social devastador causado pela pedra que, sem piedade, definha e mata nossos jovens.