sexta-feira, 8 de abril de 2011

LER É PRECISO

Ler é uma atividade fundamental para que o homem promova a circulação de idéias, a geração e a troca de conhecimento. É pela leitura que a pessoa se prepara para pensar o mundo, compreender melhor tudo que está a sua volta, e se torna apta a solucionar problemas.

A leitura também é prazer estético (ciência que trata do belo), entretenimento, encantamento. E ninguém se encanta pelo que desconhece, pelo que lhe é distante e indiferente. Algum estimulo é necessário. O que, no caso, passa pela família, pela escola e, em última instância, por uma política pública mais adequada e agressiva.

Por que então o brasileiro lê tão pouco? As respostas são as mais diversas possíveis. Pesquisas apontam que a causa está no alto preço dos livros, outras dizem que é porque na escola não é ensinado a ler, no sentido mais profundo da palavra, ou seja, aprender o que está escrito, refletir, questionar, “viajar” junto com o texto.

Outra explicação é o chamado analfabetismo funcional. Conceito criado pela Unesco em 1978, que se refere a pessoas que conseguem ler, escrever, mas não se desenvolvem pessoal e profissionalmente. Segundo a Câmara Brasileira do Livro, 61% dos brasileiros adultos alfabetizados não têm praticamente contato nenhum com livros.

A leitura atrai apenas um terço dos alfabetizados, praticamente todos da classe A e B, e mais da metade dos compradores de livros está em apenas seis estados, das regiões Sul e Sudeste, justamente os mais ricos. Assim como a renda, a leitura também é concentrada neste país, que é marcado pela exclusão social.

A desigualdade retratada pelos números se realimenta a cada dia de um circulo vicioso: o jovem que não lê se transforma amanhã num adulto que se manterá ao largo dos livros, ou o professor sem leitura, ao qual lhe faltará a devida consciência crítica para sagrado exercício de ensinar.

O Brasil tem hoje um pouco mais de 1,5 mil livrarias, enquanto o ideal seria de pelo menos 10 mil. Cerca de 1,3 mil municípios brasileiros, das regiões pobres não dispõem de nenhuma biblioteca pública. A notícia boa vem do Estado de São Paulo, onde todos os 645 municípios contam com bibliotecas públicas.

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