A frase acima que intitula este artigo é comum ouvir do cidadão em ano eleitoral. Faz-se necessário observar que o eleitor, na sua grande maioria, confunde política com político. Reside nessa confusão a causa dos grandes males da nação brasileira.
Dependemos da política para tudo, desde a compra do pãozinho, até o ato de pagar contas e adquirir todo tipo de mercadoria. Vivemos num regime democrático, sistema que preconiza os três poderes: executivo, legislativo e judiciário. O legislativo é responsável por criar leis que regem todo o país.
Isso por si só já explica superficialmente que política é a essência que faz um país caminhar. Toda a mecânica de vida em sociedade passa pelo processo político. Neste ano eleitoral, quando novamente seremos bombardeadas pela propaganda dos partidos e candidatos a cargos eletivos, é imperativo que o eleitor reflita que o agente político é um ser transitório, distante e quase sempre uma figura abstrata.
Já a política, como ciência e a arte de produzir o bem comum, é continua e permanente. O grande perigo é que o eleitor, ao agir com indiferença e descaso com a sistemática política, acaba comprometendo o tecido social. Mais que a religião, carnaval, futebol ou outra paixão nacional, a política é quem na verdade define os rumos de uma nação.
Somente um povo amadurecido e com uma consciência política, pode afirmar que sabe votar. Coisa que hoje não passa de uma utopia. Quem sabe votar? Uma vez que você não tem, motivado por um desinteresse crônico, o menor interesse de conhecer quem são os atores do processo político-eleitoral.
Uma das razões é que são pessoas escolhidas por meia dúzia de caciques, geralmente para atender interesses dos donos das siglas partidárias. Quando o cidadão diz que não quer saber de política, ele quer assim mostrar seu descontentamento com os desmandos, corrupção, assistencialismo, etc., que povoa seu imaginário sobre os políticos.
Porém, com essa atitude, este cidadão “joga fora o bebê junto com a água da bacia”. É bom lembrar que esse processo histórico já está impregnado na cultura brasileira há muitas décadas. Somente o tempo e o eleitor poderão mudar esse jogo. A política deve ser para o brasileiro como um bem inalienável, deve ser como um exercício de patriotismo.
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