È inegável o sucesso capitaneado pelo governo do Rio de Janeiro, em expulsar os traficantes das favelas cariocas. Ação que usa de todos os meios logísticos do Estado e consegue desferir um duro golpe contra o domínio exercido pelo tráfico de drogas.
Agora foi a vez de instalar a Unidade de Policia Pacificadora (UPP) na Rocinha, favela mais populosa e porque não dizer a mais famosa também. É o território do crime retornando aos seus verdadeiros donos, a população de bem que quer somente ter o sagrado direito de ir e vir.
Todos estão de parabéns, policia militar, policia federal, aeronáutica, marinha, policia civil. Agora, surge uma pergunta: por que só agora resolveram colocar ordem nesses morros? Todo o conjunto de favelas do Rio sofreu por décadas com a ocupação impiedosa e violenta, imposta por bandidos com poderes quase absolutos.
Instalando o terror ao povo das comunidades, com toque de recolher e impondo sempre a lei do silêncio. A resposta pode ser simples: é por causa da Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016, que terá a cidade do Rio de Janeiro como sede. Se essa resposta estiver correta, podemos concluir então que se não houvesse estes dois eventos mundiais, toda aquela gente continuaria refém dos criminosos.
Sem existir nenhuma UPP a polícia continuaria a fazer suas incursões aos morros, dariam alguns tiros, matariam ou prenderiam meia dúzia de suspeitos e voltariam aos quartéis, deixando essas comunidades abandonados à própria sorte. A impressão que fica é que o plano do Estado, em ocupar as maiores favelas cariocas, é para dar uma resposta, dentro do jogo político, à imagem de violência que está ligada ao Rio de Janeiro.
E dessa forma garantir a segurança perante os organismos internacionais que comandam esses dois eventos. O que é extremamente positivo nestas ocupações é a libertação e a pacificação de dezenas de comunidades do jugo do tráfico.
Outro lado é pensar, que precisou ser a cidade maravilhosa, confirmada como sede de jogos da Copa e sede das Olimpíadas, para só então o governo agir para acabar com o governo paralelo do mundo do crime. Essa histórica ocupação já vem tarde, deveria ter acontecido há muito tempo, independente de eventos esportivos.
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
sábado, 5 de novembro de 2011
A TELEVISÃO E OS COMERCIAIS DE CARROS
Vamos combinar, é irritante e revoltante certas coisas que vemos na TV. Me refiro ao excesso de reportagens que trata do caos no trânsito brasileiro. Provocado principalmente pelo mar de veículos que entopem as vias públicas.
Especialistas são entrevistados e sempre o mesmo diagnóstico: não é possível mais continuar o trânsito receber todos os dias um número absurdo de novos veículos. Estamos no mato sem cachorro, pois todos são unânimes em afirmar que não tem solução a médio prazo.
Até aqui, percebe-se que a mídia está no lado do mocinho. Porém, quando ligamos a televisão a realidade é bem outra. A mídia está abraçada com o bandido. O que mais se vê são comerciais de automóveis. São inúmeras marcas, uma infinidade de modelos, propagandas engraçadas, outras, uma super produção.
Existe de tudo, financiamento a perder de vista, primeiro pagamento só dois ou três meses depois da compra, distribuição de brindes e agrados, etc. A televisão faz o papel do morde e assopra. Durante o telejornal encampa a pauta onde o carro de passeio é o vilão do trânsito.
Já, durante o intervalo esquece de tudo, põe os fatos de lado, e quer mais é faturar seus milhões com a publicidade frenética que faz de tudo para o brasileiro, que já é apaixonado por carros, saia alucinadamente às compras.
Penso que deve ter algo de muito errado nessa história, uma vez que a TV não poderia ter esse comportamento dúbio. A conclusão que se pode tirar é que o fator econômico fala sempre mais alto. Quanto mais carros para anunciar, mais enriquecem os veículos de comunicação.
E quanto mais carros nas ruas, mais próximo o dia da total inviabilidade de ir e vir com veículos de passeio. Será o dia que o brasileiro ficará nos intermináveis engarrafamentos, confinado o dia inteiro dentro do seu objeto de desejo. Afinal, é um sonho concretizado: ficar o tempo todo junto com a minha paixão!
Especialistas são entrevistados e sempre o mesmo diagnóstico: não é possível mais continuar o trânsito receber todos os dias um número absurdo de novos veículos. Estamos no mato sem cachorro, pois todos são unânimes em afirmar que não tem solução a médio prazo.
Até aqui, percebe-se que a mídia está no lado do mocinho. Porém, quando ligamos a televisão a realidade é bem outra. A mídia está abraçada com o bandido. O que mais se vê são comerciais de automóveis. São inúmeras marcas, uma infinidade de modelos, propagandas engraçadas, outras, uma super produção.
Existe de tudo, financiamento a perder de vista, primeiro pagamento só dois ou três meses depois da compra, distribuição de brindes e agrados, etc. A televisão faz o papel do morde e assopra. Durante o telejornal encampa a pauta onde o carro de passeio é o vilão do trânsito.
Já, durante o intervalo esquece de tudo, põe os fatos de lado, e quer mais é faturar seus milhões com a publicidade frenética que faz de tudo para o brasileiro, que já é apaixonado por carros, saia alucinadamente às compras.
Penso que deve ter algo de muito errado nessa história, uma vez que a TV não poderia ter esse comportamento dúbio. A conclusão que se pode tirar é que o fator econômico fala sempre mais alto. Quanto mais carros para anunciar, mais enriquecem os veículos de comunicação.
E quanto mais carros nas ruas, mais próximo o dia da total inviabilidade de ir e vir com veículos de passeio. Será o dia que o brasileiro ficará nos intermináveis engarrafamentos, confinado o dia inteiro dentro do seu objeto de desejo. Afinal, é um sonho concretizado: ficar o tempo todo junto com a minha paixão!
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